Setor das Federais do ANDES aponta greve docente a partir de 15 de abril

26 de março de 2024
apufpr
Crédito foto: ANDES-SN

A partir dos resultados das votações realizadas em assembleias realizadas por seções sindicais, o setor das instituições federais de ensino superior (Ifes) do ANDES-SN aprovou para 15 de abril o indicativo de greve dos docentes das universidades federais, institutos federais e cefets da base do Sindicato Nacional.

Agora, as entidades de base deverão realizar assembleias para debater os detalhes da greve. No dia 10 de abril, será realizada uma nova reunião do setor das Ifes, com tempo de 72 horas para informar governo e reitorias sobre a deflagração de greve no dia 15 de abril.

Na reunião realizada sexta-feira (22), representantes de 37 seções sindicais avaliaram as decisões tomadas pela categoria após a primeira rodada de assembleias, seguindo a decisão do 42º Congresso do ANDES-SN, que aprovou a construção da greve nas instituições federais de ensino e no setor da Educação, no primeiro semestre de 2024, visando uma greve unificada dos servidores públicos federais. 

Foram apresentados também relatos da direção da Fasubra, sobre a greve dos servidores técnico-administrativos, e da direção do SINASEFE, que planeja a greve dos trabalhadores EBTT federal para o dia 3 de abril. Além disso, foram discutidas as negociações com o Governo Federal, que até o momento não atenderam às reivindicações dos servidores federais.

 

Reivindicações

O conjunto do funcionalismo federal vem defendendo uma proposta de reajuste salarial de três parcelas de 7,06% (em 2024, 2025 e 2026) para o grupo de servidores no qual se enquadram os docentes das Ifes. Os valores seriam suficientes para repor as perdas desde o governo Temer até o final do atual governo. A proposta do governo até agora é de 0% em 2024 e duas parcelas de 4,5% em 2025 e 2026.

Outra reivindicação não atendida até o momento é o “revogaço” de medidas do governo Bolsonaro que atacam os servidores e os serviços públicos, incluindo o projeto de Reforma Administrativa (PEC 32), que ainda tramita no Congresso Nacional.

Há também a necessidade de recuperar o orçamento das universidades federais, pois todas receberam valores inferiores ao necessário para manter o patamar de despesas por matrícula (2010 a 2022). Além disso, as negociações específicas sobre a reestruturação da carreira dos docentes federais não avançaram, assim como as pautas específicas, que ainda não começaram a ser debatidas (o MEC não atendeu as solicitações de reunião com o ANDES).

Outra reivindicação não atendida é a equiparação dos benefícios com os demais Poderes. O aumento de R$ 658,00 para R$ 1 mil no vale-alimentação não contempla aposentados e pensionistas. O mesmo acontece com o auxílio-creche, que passaria de R$ 321 para R$ 484,90.

Fonte: Apufpr


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