O que a universidade pública tem feito por você Não há futuro sem universidade pública

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Universidade pública: propriedade brasileira

Movidos por intenções políticas e econômicas, facções autoritárias e o próprio Governo Federal lançaram mão de uma estratégia que transformou as fake news em armas de distorção da realidade de uma parcela considerável da sociedade brasileira. Para levar a cabo essa estratégia, focaram claramente nos 85% da população que não têm ensino superior completo, especialmente naqueles que nunca colocaram os pés em uma universidade pública.

Mesmo diante das iniciativas que ampliaram o acesso às universidades públicas entre os anos 2003 e 2016 e a comprovada qualidade de suas instituições, uma parcela da população, influenciada pelas avalanches de fake news e pelos discursos inflamados de membros do governo, passou a enxergar de forma distorcida a realidade.

Histórico

O primeiro anúncio dos cortes da universidade foi feito em 30 de abril com foco inicialmente em três instituições.

Diante da repercussão negativa e da ameaça de processo por improbidade, o ministro da Educação, Abraham Weintrau, anunciou que o corte afetaria todas as instituições federais de ensino superior.

Após o anúncio dos cortes, o envio de imagens de estudantes nus cresceu 950% em grupos de WhatsApp em 24 horas.

No Dia do Trabalhador (um dia depois do anúncio), o tuíte do deputado José Medeiros, vice-líder do Podemos na Câmara, cujo objetivo era justificar seu apoio aos cortes de verbas no ensino superior, viralizou. “Ministro vamos gastar dinheiro com instituições que quiserem produzir conhecimento, nada de permitir quem não quer estudar fique usando a universidade para ‘fusaca”, afirmava na publicação.

Na sexta-feira (3 de maio) o Monitor do WhatsApp (projeto coordenado pelo professor Fabrício Benevenuto, do Departamento de Ciência da Computação da UFMG) identificou um número gigantesco de imagens compartilhadas naquele dia no mostrando jovens pelados. Todas eram velhas ou estavam fora de contexto, mas induziam as pessoas a acreditar que se tratava do dia a dia das universidades públicas.

Em pouco tempo, formou-se em parte considerável da população a ideia de que, nessas instituições, professores e estudantes convivem diariamente com o consumo de drogas e atividades de cunho sexual.

Esse fenômeno não deixou de atingir nem mesmo aqueles que tiveram em sua estrutura familiar filhos formados pelas universidades públicas.

Dessa forma, percebe-se que esse trabalho sistemático foi eficiente em mudar a percepção de realidade das pessoas, fazendo com que 43,1% da população aprovasse os cortes orçamentários, incluindo aqueles cujos filhos frequentaram universidades públicas.

Apesar do contrassenso que esses dados representam (afinal, pela lógica, a população deveria ser favorável à ampliação dos investimentos em educação, e não o contrário), confirmam que a estratégias adotadas por grupos motivados por intenções políticas e econômicas são eficazes para mudar o pensamento das pessoas sobre temas que pareciam estar consolidados na sociedade.

Anualmente, rankings sobre a qualidade de ensino das universidades do Brasil e do mundo são publicados e influenciam o mercado de trabalho, a economia e a sociedade.

Segundo o Ranking Universitário Folha (RUF), das 50 melhores universidades do país, 43 são públicas.

No ranking da The Times Higher Education Latin America University, o Brasil aparece com 37 entre as 100 melhores, sendo que 30 são públicas. Entre as dez melhores, seis são brasileiras, cinco delas são públicas.

No QS Latin America Rankings 2019, entre as 100 melhores da América Latina, estão 22 universidades públicas brasileiras, enquanto apenas três são privadas.

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Mais que orgulho, a universidade pública entrega qualidade.

Não há futuro sem universidade pública.

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