O meio ambiente é um tema bastante atual e reflete a preocupação com o futuro. Até porque, nos últimos meses, os brasileiros presenciaram duas tragédias de proporções jamais vistas. A primeira delas foi a queimada em parte da Floresta Amazônica, depois, o vazamento de óleo bruto nas praias nordestinas.
Obviamente que falar sobre isso é ir além das tragédias, é também um trabalho de conscientização e prevenção. Mas o que causa estranheza é a forma como o Governo Federal trata de assuntos tão sérios: politiza os acontecimentos e foge do que realmente importa, que é a preservação do ecossistema brasileiro.
Diante desse cenário, os docentes aposentados puderam acompanhar a palestra “O Brasil no Antropoceno: avanços e retrocessos na política ambiental”, durante o encontro que aconteceu em 29 de outubro, no auditório da APUFPR, com a professora Márcia Cristina Mendes Marques, do Laboratório de Ecologia Vegetal do Departamento de Botânica da UFPR.
Palestra
A professora explicou o significado do termo Antropoceno, formulado pelo químico holandês Paul Crutzen, vencedor do Nobel de Química em 1995, e que significa a descrição mais recente da história do Planeta Terra: a Época dos Humanos.
Ela também abordou as políticas ambientais globais, a relação do homem com a natureza, a utilização das matrizes energéticas e como nós chegamos até essa crise global.
Segundo a pesquisadora, diversos fatores explicam a situação ambiental do planeta. “Essa crise no mundo envolve a grande utilização de recurso naturais, o aumento da população, além dos problemas de qualidade e disponibilidade de água e alimentos”, enfatizou.
Ela também falou sobre o que considera a nova era das descrições históricas do Antropoceno, e chamou atenção para a importância de se respeitar os protocolos internacionais relativos ao meio ambiente, como as Metas de Aichi e o Acordo de Paris.
Márcia Cristina reafirmou a necessidade urgente de ações imediatas para preservar o meio ambiente. “Em todo lugar, onde houver gente, escolas, sindicatos e associações, deve-se debater sobre alternativas ambientais”, concluiu.
Fonte: APUFPR