O medo de sofrer algum tipo de violência sexual assombra mulheres de todo o mundo. Atividades rotineiras, como andar na rua ou utilizar o transporte coletivo se tornam exaustivas pela quantidade de medidas preventivas que uma mulher é levada a adotar e que muitas vezes não resolvem o problema do assédio.
Quando algum episódio de abuso acontece, o agressor dificilmente é punido adequadamente tanto pela falta de suporte legal quanto pela negligência das autoridades em relação ao assunto. Atualmente, dois Projetos de Lei do Senado (PLS) que preveem o aumento da pena em casos de assédio sexual tramitam na Câmara dos Deputados.
Para a secretária-geral da APUFPR-SSind, Sandra Mara Alessi, a aprovação desses projetos seriam um passo importante para aumentar a proteção às mulheres, mas a sociedade precisa ir adiante. “O problema da violência contra a mulher é estrutural, fruto de uma cultura machista que encontra na lei brechas para se perpetuar. Discutir estratégias para combater essas práticas, punir corretamente os agressores e mudar a cultura da sociedade são caminhos necessários para tornar as cidades ambientes mais seguros para todas”, afirma.
Segundo uma pesquisa da organização internacional de combate à pobreza ActionAid, 86% das brasileiras já sofreram algum tipo de assédio em lugares públicos, dos quais 68% ocorreram no transporte público. Essa estatística demonstra a relevância de políticas públicas de proteção à mulher e meios eficientes de punição para os agressores.
ANDES-SN lança campanha contra assédio
Para promover o debate sobre assédio sexual, machismo e violência contra a mulher, o ANDES-SN lançou uma campanha nacional sobre o tema.
Com diversos materiais, entre eles a cartilha Contra todas as formas de assédio, em defesa dos direitos das mulheres, das/os indígenas, das/os negros, das/os LGBTs, o principal objetivo da campanha é desnaturalizar esse tipo de violência, que acontece em qualquer espaço, inclusive no acadêmico.
Fonte: APUFPR-SSind