Vanessa Grazziotin cobra de Temer medida provisória com mudanças na reforma trabalhista

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) registro nesta terça (12) os 61 dias que a reforma trabalhista foi sancionada pelo presidente da República, Michel Temer, sem que tenham sido cumprida a promessa feita à própria base de editar medida provisória para modificar pontos da nova lei.

A senadora lembrou os presidentes de quatro comissões permanentes do Senado assinaram um documento concordando com a promessa para garantir a aprovação da reforma no Plenário.

Vanessa Grazziotin criticou o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), por afirmar que a medida provisória só será editada após a reforma trabalhista entrar em vigor, em novembro. A senadora observou que a reforma compromete até direitos trabalhistas que permanecem na Constituição, como 13º salário, férias remuneradas e fundo de garantia.

— Tem direito (…) o trabalhador que tem carteira de trabalho assinada. Na (…) reforma preveem outras formas de contratação, como (…) a contratação do autônomo, exclusivo ou não, autônomo contínuo ou não. Ou seja, o trabalhador deixa de ser um empregado e passa a ser um prestador de serviço.

Eletrobrás

Vanessa Grazziotin lembrou que em 2016 muitas pessoas foram às ruas pedir a saída da ex-presidente Dilma Rousseff, acreditando que seu governo era o responsável pela crise econômica e pelos casos de corrupção no Brasil.

Ela disse ter alertado, com outros parlamentares, para a real motivação dos políticos que lideravam o movimento pró-impeachment: acabar com as investigações da Operação Lava Jato. Para a senadora, agora o governo Temer mostra a que veio, promovendo reformas para retirar direitos dos trabalhadores e vendendo o patrimônio público.

Vanessa Grazziotin destacou a importância estratégica da Eletrobrás e disse que se a empresa for privatizada, “o Brasil pode dar adeus ao programa Luz para Todos”. Ela questionou o interesse da iniciativa privada em levar energia elétrica para os pequenos municípios das regiões mais pobres.

— Quem do setor privado aceitaria distribuir energia elétrica no município de Tabatinga, no município de Timon, no município de São Gabriel da Cachoeira, de Inhamundá, de Parintins, que não dão lucro? Mas o estado brasileiro faz.

Fonte: Agência Senado


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