Universidade Pública e de qualidade transforma a sociedade

23 de agosto de 2017

Universidade Pública de qualidadeDiversas potências econômicas, como Itália, Alemanha, França, Dinamarca, por exemplo, investem em educação superior pública para transformar e potencializar a realidade econômica e social. A Polônia, por exemplo, se destaca quando o assunto é educação pública de qualidade. De acordo com as leis do país, cada indivíduo – independentemente de classe social – tem direito à educação gratuita. Isso garante que cada cidadão tenha acesso universal e igualitário à educação. Nesse país, o número de jovens que não frequentam a escola é quase zero.

Na Alemanha, além do ensino básico, o ensino superior também é gratuito, inclusive para os estrangeiros. As universidades alemãs são reconhecidas mundialmente pela qualidade de ensino e pelas contribuições que as pesquisas trazem para a sociedade.

A educação pública na Finlândia é exemplo mundial

O destacado sistema educacional da Finlândia é o resultado de uma política pública que se preocupa com o futuro da população e do país. Na década de 1980, os finlandeses abriram escolas e fi zeram uma revolução na educação, que transformou a história do país. Esse processo começou com uma decisão histórica do parlamento finlandês: todas as crianças passaram a ter oportunidades iguais de estudar em escolas públicas de qualidade, independentemente da condição econômica e social. Lá, o ensino é gratuito desde a pré-escola até a universidade. Outro pilar dessa revolução foi a implementação de uma política radical de valorização do professor.

Na Finlândia, país onde a polícia não pratica tiro ao alvo com os docentes, o magistério se transformou em uma carreira nobre. Os finlandeses resolveram pensar diferente do resto do mundo e reduziram a carga horária dos alunos e a quantidade de provas nas escolas. A prioridade é ajudar os estudantes a raciocinar de forma independente, sem incentivar que eles decorem fórmulas apenas para passar em provas. Enquanto isso, no Brasil, movimentos reacionários, como o Escola Sem Partido, pretendem eliminar do ambiente escolar a reflexão, a crítica e o debate político, histórico e econômico sobre questões que afligem toda uma sociedade, restringindo os conteúdos de ensino à conteúdos meramente técnicos.

O principal blogueiro da Gazeta do Povo chegou a publicar recentemente – em um esforço vigoroso de extrapolação digna do macarthismo dos anos 1950 nos Estados Unidos – que os republicanos norte-americanos consideram que as universidades têm efeito negativo para o país porque “estão dominadas por esquerdistas” e que isso “explica a importância do movimento Escola Sem Partido”.

Enquanto esses setores procuram criar na sociedade uma nova onda de histeria paranoica, tentando fazer a sociedade brasileira regredir culturalmente mais de seis décadas, a realidade histórica e econômica demonstra que o ensino superior público, laico e gratuito foi o caminho trilhado por muitos países para o desenvolvimento. A realidade é muito mais dura para os 43 milhões de norte-americanos que possuem dívidas de crédito estudantil – que somam mais de 1,3 trilhões de dólares, o equivalente a 70% do PIB brasileiro. E o pior, parte considerável dos endividados são estudantes de instituições públicas, já que as universidades públicas norte americanas não são gratuitas. E é este tipo de resultado social que os blogueiros da velha mídia e os setores mais retrógrados querem importar para o Brasil.

Fonte: APUFPR-SSind


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