Trabalhadores do campo ligados ao MPA fazem greve de fome contra a reforma da Previdência

Integrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em unidade com outros movimentos sociais e populares, estão em greve de fome contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16 – da contrarreforma da Previdência -, que altera regras da aposentadoria e vem assombrando tantos os trabalhadores da cidade quanto do campo. Os protestos ocorrem em diversos pontos do país com o intuito de se contrapor a articulação de lideranças partidárias que planejam a retomada da tramitação da PEC na Câmara dos Deputados.
 
No dia 5 de dezembro, trabalhadores ocuparam um dos corredores do Anexo 2 da Câmara e iniciaram uma greve de fome contra a PEC 287. A última refeição ocorreu às 7h30 e, desde então, o grupo toma apenas água e soro. Os seis manifestantes solicitaram uma audiência com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para pedir a retirada da PEC da pauta do Congresso.
 
Em Teresina (PI), dois trabalhadores rurais também aderiram à greve de fome na terça-feira (12) no saguão do aeroporto Senador Petrônio Portella, somando-se a um movimento que já acontece em outras cidade do país. Em Vitória (ES), quatro trabalhadores iniciaram uma greve de fome na manhã de quarta (13) na Assembleia Legislativa contra a reforma da Previdência. Em Belém, no Pará, lideranças de movimentos sociais e das centrais sindicais estão em vigília, em frente ao INSS, desde as 9h da manhã de quarta-feira (13). Seis pessoas já aderiram à greve de fome. 
 
No Rio Grande do Sul, movimentos sociais, representações sindicais, ordens religiosas e segmentos populares iniciaram na quarta-feira (13), em Porto Alegre, ciclos de jejum contra a reforma da Previdência. No interior, na cidade de Canguçu, quatro militantes da base do MPA estão em greve de fome desde o dia 11 de dezembro. 
 
Em Sergipe, na Assembleia Legislativa, quatro militantes do Movimento dos Pequenos Agricultores aderiram no último dia 10 a greve de fome em repúdio a proposta. Ainda ocorre greve de fome nos estados de Santa Catarina, Roraima, Bahia, Goiás e Alagoas.

O MPA representa mais de 300 mil famílias camponesas de todo o país e tem chamado a atenção da sociedade sobre os efeitos da PEC 287, que propõe como regra- além da idade e do tempo de trabalho-, 180 contribuições mensais individuais, médias de 15 anos, para que o trabalhador do campo acesse o benefício da aposentadoria.

Apoio e solidariedade
Nos últimos dias, o Movimento dos Pequenos Agricultores tem recebido manifestações de apoio e solidariedade de diversas entidades nacionais e internacionais, movimentos sociais e populares, parlamentares de oposição, entre outros. O Fórum das Entidades Nacionais do Serviço Público Federal (Fonasefe), em reunião realizada no dia 12 deste mês, divulgou uma moção de apoio aos trabalhadores em greve de fome. Veja abaixo na íntegra ou aqui para acessar o relatório da reunião do Fonasefe. 
 
 
MOÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE
O Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (FONASEFE) presta solidariedade aos companheiros e companheiras do Movimento de Pequenos Produtores (MPA) que há 08 dias estão em greve de fome como forma de protesto contra a aprovação da Reforma da Previdência. Um ato extremo que demonstra a perversidade dessa contrarreforma do governo Temer que tem o intuito de beneficiar os fundos de pensão privado, o mercado e não deixar que o trabalhador se aposente . 
Não deixaremos que a reforma passe! 
Brasília, 12 de dezembro de 2017.
 
 
Com informações e imagem do MPA

Fonte: ANDES-SN


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