Tag: luta pela educação

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15 de outubro de 2021

convite-dia-d-educacaoA Direção do Setor de Educação da UFPR, o Centro de Articulação das Licenciaturas e o Centro de Assessoramento Pedagógico convidam para o evento “Dia D Educação”, em comemoração ao dia das professoras e professores, com o tema “As atuais políticas curriculares no contexto da educação básica e da formação inicial e continuada de professores”, a ser realizado de forma remota, no dia 15 de outubro de 2021, conforme programação.

 

Dia D Educação

“ As atuais políticas curriculares no contexto da educação básica da formação inicial e continuada de professores”

 

Horário:
9:00 ÀS 11:30

Atividade:

-Abertura do evento

 -Mesa Temática:

“Interlocuções entre a formação inicial e continuada de professores”

Link:  https://youtu.be/jFwZeaE 7QEo

 

Horário:
14:00 ÀS 16:40

Atividade:
– Apresentação Cultural
– Mesa Temática: “A proposta de integralização da extensão na UFPR”

Link: https://youtu.be/F4W9aO 8e97M

 

 Horário:
18:30 ÀS 21:00

Atividade:

– Lançamento do E-book “Estágios de formação pedagógica e a relação universidade-escola: dilemas, desafios e perspectivas em tempos de pandemia”

 – Mesa Temática: “O Novo Ensino Médio e implicações na formação do professor”

Link: https://youtu.be/F4W9aO 8e97M

 

Saiba mais detalhes aqui.

Fonte: APUFPR

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15 de outubro de 2021

❤ “A educação é um ator de amor e, por isso, um ato de coragem”. A frase de Paulo Freire é bastante apropriada não só para hoje, Dia dos Professores, mas para todos os dias dos educadores brasileiros.

👩‍🏫 Um ato de amor pela construção e difusão do conhecimento, pelo estudo – e, acima de tudo, pelos estudantes, que são o presente e o futuro de nosso país.

💪 Um ato de coragem diante não só da extrema responsabilidade que envolve o processo educativo, mas também frente os desafios cada vez maiores de um país governado pelo negacionismo, pela mentira e por uma visão que combate o conhecimento e a democracia.

👏 Nessa data, a APUFPR homenageia todos professores e professoras do Brasil, por seu amor à educação e por sua e coragem: parabéns, docentes, sigamos juntos na luta!

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5 de outubro de 2021

Dando continuidade à organização de debates sobre temas que impactam a realidade brasileira atual, a APUFPR organizará mais uma live no dia 13 de outubro com o tema “Universidade e Pandemia”. Teremos como convidado especial um dos principais especialistas na pandemia de Covid-19 no Brasil, o epidemiologista Pedro Hallal, ex-reitor da UFPel e coordenador da Epicovid-19, um dos estudos mais completos sobre os impactos da doença aqui no Brasil.

A transmissão começa às 19h no Facebook (clique na estrelinha para ativar o lembrete) e no YouTube (clique no sininho para receber o lembrete) da APUFPR.

Teremos também a participação do docente Emanuel Maltempi de Souza, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, que é presidente da Comissão de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 da UFPR e um dos pesquisadores responsáveis pela vacina que está sendo desenvolvida pela nossa Universidade. A mediação será feita pela professora e pesquisadora Andréa Stinghen, vice-presidente da APUFPR.

 

Perseguição

Professor da Escola Superior de Educação Física e dos programas de pós-graduação em Educação Física e Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde foi reitor entre 2017 e 2020 (o mais jovem a dirigir uma instituição de ensino superior federal no Brasil), Pedro Rodrigues Curi Hallal é colunista da Folha de S.Paulo e editor-chefe do Journal of Physical Activity and Health.

Hallal vem sendo perseguido pelo presidente Jair Bolsonaro e por sua base extremista por causa dos resultados reveladores do Epicovid-19, que mostrou que 4 a cada 5 mortes por Covid-19 poderiam ter sido evitadas se o Brasil tivesse mantido a média mundial, mas que isso só teria acontecido se o governo brasileiro tivesse agido completamente diferente na condução da pandemia.

Em seu depoimento durante sessão da CPI do Genocídio (CPI da Pandemia) no Senado, Hallal mostrou que poderíamos ter evitado centenas de milhares de mortes se houvesse rastreamento e testagem em massa, se o governo não tivesse atrasado a aquisição e desestimulado a vacinação, se não tivesse desestimulado o uso de máscara, se não tivesse adotado a abordagem clínica no lugar da abordagem epidemiológica, além da ausência de liderança do Ministério da Saúde e, principalmente, a falta de uma comunicação unificada – que estimulasse o uso de máscaras, isolamento e proteção, por exemplo.

Por ter criticado Jair Bolsonaro durante uma live na UFPel, Hallal foi novamente perseguido pelo governo e pela Controladoria Geral da União (CGU) – estimulada por um deputado federal bolsonarista (Bilbo Nunes, que gosta de alugar BMW de uma empresa que pertence a um assessor presidencial).

As perseguições a Hallal foram peças importante no levantamento dos casos de perseguição do governo de Jair Bolsonaro contra críticos e opositores, e que depois culminaram no Projeto de Lei (PL) 2.108/2021 que enterrou a Lei de Segurança Nacional (LSN, um entulho da ditadura que voltou a ser usado por Bolsonaro). O PL foi fruto de outro projeto que estava parado desde 1991, e incluiu na legislação crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Quer saber mais sobre a atuação dos nossos convidados e conversar sobre o papel das universidades públicas nesse cenário atual? Então anote na sua agenda a nossa live do dia 13 de outubro e participe! Sua contribuição será muito importante!

 

Fonte: APUFPR

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4 de outubro de 2021

Sem precisar pagar para manifestantes comparecerem, sem usar dinheiro público, sem usar os canais oficiais do governo, sem apoio de ruralistas e empresários bilionários fretando ônibus e pagando hotéis, sem apoio de veículos de mídia reacionária, sem marcar com meses de antecipação e sem cometer nenhum crime contra a Constituição, multidões de pessoas voltaram às ruas no sábado (2) em Curitiba, em centenas de cidades de todos os estados do Brasil e em diversos países do mundo contra as atrocidades do presidente Jair Bolsonaro, cujo negacionismo anticientífico foi responsável pela imensa maioria das mais de 600 mil mortes por Covid-19 no país, e que vem implementando um governo de morte voltado exclusivamente para as camadas mais ricas da sociedade.

Os atos foram convocados por diversos setores da sociedade civil organizada, incluindo entidades sindicais, movimentos sociais e 23 partidos políticos (de todos os campos, desde a esquerda até a ‘direta democrática’ e liberais).

 

Fome, miséria, morte e destruição

Jair Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Gudes, (que deve ser investigado por manter empresas off-shore em paraísos ficais mesmo estando no governo, o que é proibido pela lei) conduzem uma política que está causando o esfacelamento da estrutura social e a economia do Brasil.

As escolhas do governo levaram milhões de famílias brasileiras à fome e à miséria. Hoje, pessoas fazem filas para ganhar restos de ossos porque não podem mais pagar pela carne e se arriscam cozinhando com álcool porque não podem pagar pelo gás de cozinha. A inflação em alta afeta a cesta básica, com recordes também dos preços dos combustíveis.

Com um congelamento salarial imposto pelos governos Temer e Bolsonaro, os professores federais também sofrem o impacto do aumento do custo e da redução da qualidade de vida e vive a instabilidade diante dos ataques e dos cortes na educação.

Enquanto o governo tenta sobreviver, entregando o comando do país e as chaves dos cofres públicos ao Centrão, tenta comprar apoio dos parlamentares para aprovar a Reforma Administrativa, com o objetivo de destruir os serviços públicos, as universidades e os nossos direitos, e segue espalhando fake news para tentar manter o apoio que ainda lhe resta nos setores mais radicalizados e violentos da sociedade (mas que cai a cada dia).

É preciso acabar urgentemente com essa política de mortes, mentiras, distorções e destruição que estão levando o Brasil para um abismo do qual terá muito dificuldades para sair.

A APUFPR e os professores da UFPR seguem lutando pela, pela universidade pública, pela ciência, pela Democracia e pelos direitos de todos.

 

Fonte: APUFPR

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1 de outubro de 2021

Na tarde de ontem (29), a diretoria da APUFPR se reuniu com a Reitoria da UFPR para tratar dos adicionais de insalubridade dos professores da universidade. Participaram também docentes que integram a comissão criada na reunião do dia 22.

Entre várias questões debatidas, inclusive sobre as metodologias utilizadas pela instituição para fazer as avaliações, a UFPR se comprometeu a rever 54 laudos que foram negados inicialmente, de professores que perderam o adicional por assumir cargos administrativos ou que tiveram seu pedido negado.

Esta conquista foi possível a partir da movimentação da APUFPR que, inclusive, contratou uma engenheira do trabalho, capaz de confrontar tecnicamente laudo por laudo.

 

Tema 942

Sobre o Tema 942 do STF (que reconhece o direito do servidor público em converter, em tempo comum, aquele prestado sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, mediante contagem diferenciada, válido para períodos trabalhados antes da Reforma da Previdência de 2019).

Apesar de reconhecer a legitimidade, a Progepe afirmou que não consegue implementar porque o sistema que gere isso (Sipec) deve ser modificado, para acrescentar o campo com as informações sobre a contagem do tempo especial. Mas que isso dependeria do Ministério da Economia. Há, inclusive, uma nota técnica do próprio STF, respaldada pela Controladoria Geral da União (CGU), que garantiria essa implementação. Segundo a UFPR, só seria viável implementar por meio de ação judicial própria com parecer de força executória.

A APUFPR vai avaliar os instrumentos jurídicos e políticos para que isso ocorra, e também para que o Ministério da Economia tome as providências necessárias.

 

Adicional de insalubridade é um direito

A APUFPR reforça a importância dos docentes requerem a insalubridade, inclusive por causa do coeficiente aplicado sobre o tempo trabalhado, que é de 1.4 para os homens e 1.2 para as mulheres.

O sindicato entende que o ideal é que todos os ambientes proporcionem meios que garantam as condições ideais de trabalho e segurança. Quando não há como garantir as condições ideais, o adicional de insalubridade é uma compensação.

O tema é urgente e atinge muitos docentes, que estão tendo seus vencimentos afetados.

Fonte: APUFPR

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27 de setembro de 2021
Por irregularidades, Justiça Federal suspende mudanças nos critérios de avaliação da Capes
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil (divulgação).

Aparelhada pelo governo de Jair Bolsonaro, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vem sofrendo com a queda da sua credibilidade.

Seja porque hoje é comandada por pessoas sem qualificação, pelos cortes de bolsas ou pela aplicação de critérios ilegais para fazer as avaliações que irão ranquear os cursos de pós-graduação no país.

Essa última questão, inclusive, fez o Ministério Público Federal (MPF) ingressar com ação civil pública na Justiça Federal, que concedeu liminar determinando a suspensão imediata dos processos de avaliação dos programas de pós-graduação atualmente realizados pela Capes.

Questionados por cientistas e pesquisadores há tempos por sua falta de clareza e objetividade, os critérios foram recentemente modificados pela Capes que, além de tudo, aplicou retroatividade nas avaliação feitas pelo órgão.

 

Critérios ilícitos de avaliação

O MPF exigiu que a Capes apresente em até 30 dias uma relação completa dos “critérios de avaliação”, “tipos de produção/estratos” e as “notas de corte” usadas para o ranqueamento das pesquisas, cursos e periódicos.

Foi exigida também a divulgação dos parâmetros de avaliação que criaram critérios novos, com efeito retroativo sobre avaliações já em curso.

Segundo o MPF, os critérios adotados pela Capes em suas avaliações são ilícitos, já que são definidos e modificados durante o período que se faz a avaliação e depois aplicados de forma retroativa.

“O problema central não é a modificação dos parâmetros em si, mas sua imprevisibilidade e sua retroação ilícita”, afirma a ação civil pública.

As mudanças dos critérios implementadas retroativamente incidem sobre a avaliação do período entre 2013 e 2016, afetando 3.100 programas de pós-graduação (89%). Se fossem aplicadas retroativamente, poderiam afetar também as notas referentes ao quadriênio de 2017-2020, impactando a distribuição de recursos públicos para os 3.594 programas de pós-graduação existentes no Brasil.

Importante lembrar que a atual presidente da Capes, Cláudia Mansani Queda de Toledo, coordenava um programa de pós-graduação que teve o descredenciamento recomendado pela própria Capes em 2017 (no governo Temer) por não ter atingido a nota mínima (sua nota foi 2) para continuar seu funcionamento. O programa é ofertado na instituição privada de sua família, na qual, coincidentemente (ou não), também se graduaram o ministro da Educação Milton “vergonha alheia” Ribeiro e o ex-ministro da Justiça André Mendonça (aquele que usou o cargo para elaborar um dossiê contra opositores ao governo e que hoje aguarda ‘na geladeira’ uma sabatina para indicação ao STF). Em 2020, o programa voltou a ter nota 4 (milagre?) após novo parecer do Conselho Superior da Capes dois dias antes da saída do então ministro da Educação Abraham “pior de todos os tempos” Weintraub. Mais outra coincidência…

Mudanças nos critérios de retroatividade poderiam, inclusive, alterar a avaliação aplicada ao programa coordenado pela presidente da Capes ou a outros descredenciados por não alcançarem notas mínimas, especialmente em instituições privadas.

Para a APUFPR, a forma apressada com que a Capes tentou aplicar mudanças que afetariam quase a totalidade dos programas já avaliados no quadriênio anterior mostra que não se trata de falta de cuidado ou amadorismo de pessoas que ganharam cargos no governo mesmo sem terem qualificação para ocupar posições importantes.

É parte do projeto do governo de Jair Bolsonaro que promove o loteamento de espaços de construção do conhecimento por militantes extremistas que conduzirão sua estratégia de “guerra cultural”, ao mesmo tempo em que desmontam a ciência e a pesquisa nacional e ainda beneficiam setores econômicos que controlam o ensino superior privado no país.

Fonte: APUFPR

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5 de agosto de 2021

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Como acontece toda vez em que se sente acuado, o presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a fazer ameaças à Democracia e às eleições de 2022. Desta vez, aproveitando-se da audiência de uma emissora de rádio voltada a ouvintes extremistas, ele deu um passo adiante. Não chegou a afirmar que daria um ‘golpe’, mas só faltou usar essa palavra. As intimidações foram claras.

Acuado diante das crescentes provas de corrupção em seu governo, pelo derretimento de sua popularidade, por ter sido incluído no inquérito que investiga a organização criminosa responsável por disseminar fake news contra as instituições democráticas (em especial, contra o Supremo Tribunal Federal) e no inquérito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela disseminação constante de fake news sobre a segurança das eleições e das urnas, Bolsonaro proferiu novas mentiras e aumentou o tom de seus ataques: “o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição”.

Não é pouca coisa quando um presidente diz, em público, que irá agir fora dos limites da Constituição só porque discorda de uma decisão de uma corte superior.

Para o bem do Brasil, as intenções golpistas do presidente devem ser energicamente combatidas por todos os setores da sociedade que possuem compromisso com a Democracia. É o caso da APUFPR.

O artigo 4º do nosso Regimento Geral estabelece que uma de nossas finalidades é ‘amparar e defender as aspirações coletivas que levem à busca e concretização dos ideais democráticos’.

Por isso, a APUFPR se soma às inúmeras vozes vindas dos mais diversos setores da sociedade brasileira para garantir que os pilares da nossa jovem democracia não sejam demolidos por uma figura obscura da política brasileira, cuja única contribuição à sociedade é servir de exemplo daquilo que um ser humano não deve ser.

As declarações e ameaças, proferidas por um chefe de Estado que utiliza os recursos e as estruturas de seu governo para abalar as instituições democráticas, podem ter consequências concretas muito sérias. Frear o golpismo de Bolsonaro não é uma questão ideológica ou partidária, e sim um imperativo na defesa do Estado Democrático de Direito, do exercício da cidadania e do futuro do Brasil.

 

Escalada golpista

Jair Bolsonaro está cercado, acuado. O aumento de seus ataques às instituições e ao sistema eleitoral é reflexo do desespero de alguém que precisa do foro privilegiado e das relações de poder do cargo que ocupa. Sua reação é típica de quem tem medo. Ou medos.

Há motivos de sobra para sua prisão por crimes cometidos antes de sua posse (principalmente pelos esquemas de rachadinhas de salários em seu gabinete e nos de seus filhos – igualmente sob investigação) e durante sua gestão presidencial, seja por causa da condução propositadamente catastrófica da pandemia de Covid-19, que custou a vida de mais de 560 mil brasileiros, ou mesmo porque dentro de seu governo são operados esquemas de corrupção, especialmente envolvendo a compra superfaturada de vacinas. Além das já citadas investigações que correm no STF e no TSE.

Com o derretimento de sua popularidade, veio também a incerteza quanto à vitória nas eleições de 2022. Há meses, pesquisas apontam que ele seria derrotado em diversos cenários. Como um garoto mimado, Bolsonaro iniciou uma campanha para destruir a confiança pública no sistema eleitoral.

Em sua lógica, ou ele tem, de antemão, a garantia de que será reeleito, ou fará de tudo para deslegitimar todo o processo eleitoral, tirando sua validade caso outro candidato seja vitorioso.

Para isso, espalha paranoias, teorias conspiratórias e mentiras sobre a segurança das urnas eletrônicas, sem conseguir apresentar um único indício que confirme suas afirmações.

Ele espera que seus delírios encontrem mentes delirantes – já forjadas em bolhas de informação capazes de criar uma percepção paralela da realidade – e façam de tudo para que ele continue no poder.

Se tudo der errado, ele espera que essas mesmas pessoas rompam com o tecido social e tentem ajudá-lo a tomar o poder à força. Para isso, precisa que as instituições de Estado estejam abaladas e enfraquecidas. Por isso, realiza tantos ataques aos órgãos que costumam tolher seus intentos antidemocráticos e inconstitucionais, como as cortes supremas (como o STF e o TSE) vêm fazendo.

Uma pesquisa recente do Datafolha mostrou que a maioria da população considera Jair Bolsonaro despreparado, desonesto, indeciso, incompetente, falso, pouco inteligente e autoritário. Ele é tudo isso. Mas é também perigoso.

Buscando animar sua base de seguidores, cada vez menor (aos poucos, vão sobrando apenas os mais radicalizados), o presidente passou a afagar até os mais extremistas. Por isso, encontrou-se com uma deputada alemã neonazista.

É uma estratégia idêntica à utilizada por Donald Trump em seus últimos birrentos dias como presidente dos Estados Unidos. Por isso, Bolsonaro aposta no armamento da população, editando normas para facilitar o acesso às armas e munições (em dois anos, ele dobrou a quantidade de armas nas mãos de civis), enquanto reduz os mecanismos de controle e rastreamento.

Ao ser derrotado, Trump questionou o sistema eleitoral de lá (onde o voto é impresso e as eleições demoram dias para chegar a um resultado final), enquanto Bolsonaro finge que faz o inverso por aqui (onde ele foi eleito deputado federal diversas vezes por votações em urnas eletrônicas), porque precisa de qualquer argumento para questionar a validade do resultado, caso seja derrotado.

A escalada golpista nos Estados Unidos levou à tentativa de invasão do Capitólio (equivalente ao nosso Congresso Nacional) em janeiro de 2021, quando 5 extremistas morreram. Posteriormente, quatro policiais envolvidos na resistência se suicidaram por causa dos danos psicológicos daquele dia.

Lá, as Forças Armadas tiveram papel importante para frear o golpe. Já aqui, Bolsonaro afaga militares com proteções, medalhas, enormes aumentos salariais, muitos cargos e benesses, tentando cooptá-los para que sejam seu braço repressor país afora.

 

Basta de ameaças

Os inquéritos do TSE e do STF são necessários e precisam ser levados às últimas consequências: a responsabilização penal do presidente e de todos aqueles que participam de suas articulações inconstitucionais e golpistas, para que não restem dúvidas de que as instituições agem para preservar a Democracia e defender a nossa Constituição.

Mas não são suficientes. Não basta esperarmos sentados pela Justiça, ou que o chamado Centrão deixe de vender sua proteção ao presidente. É urgente que todos os brasileiros comprometidos com a Democracia se unam e atuem em defesa das bases mais importantes do nosso país.

Não é hora de recuar nem diante das ameaças daqueles que, no passado, já ajudaram a sufocar a nossa Democracia.

 

Diretoria da APUFPR

5 de agosto de 2021

 

FONTE: APUFPR

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5 de agosto de 2021

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👹 Se for aprovada, a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) vai jogar o Brasil em um período de trevas!

🔰 O primeiro passo é destruir os servidores públicos, cuja função é salvaguardar os direitos do povo (que são assegurados pelo Estado por meio dos serviços públicos).

🤨 Eliminar os servidores é tirar um “obstáculo” do caminho rumo ao aparelhamento político do Estado.

😰 O segundo passo é transformar os serviços públicos em mercadorias, para que empresários gananciosos lucrem sobre as necessidades da população.

😧 Nosso país já passa por tantas dificuldades, especialmente pela falta de pessoal no serviço público para fazer o atendimento nas áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. Mas o governo quer reduzir ainda mais.

Barrar a Reforma Administrativa é proteger os direitos do povo e evitar que o Brasil seja colocado em um novo ciclo de sofrimento.

✋ Por isso, diga NÃO à PEC 32/2020, e SIM ao serviço público! Ele é para todos!

#ServiçoPúblico #ÉPublico #ÉpraTodos #ValorizeOServidor #ReformaAdministrativaNão #PEC32Não

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3 de agosto de 2021

 

👿 O presidente Jair Bolsonaro quer fazer com o país o que fez com membros de seu governo, como o inepto ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que foi humilhado e teve que voltar atrás e negar a compra de vacinas chinesas em outubro de 2020, depois de ter afirmado a governadores que estaria negociando os imunizantes.

“Uma manda e o outro obedece”, afirmou o general.

Esse caso expressa bem duas coisas que a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) quer fazer com o Brasil:

➡ Acabar com a estabilidade dos servidores e transformá-los em “pazuellos” (só que sem proteção), para dar um “calaboca” naqueles que contrariarem os governantes (mesmo que isso coloque em risco a vida da população)

➡ Proteger os apadrinhados políticos sem concurso (que dominarão os serviços públicos), como Pazuello que, depois de sua gestão catastrófica no Ministério (ganhou o cargo quando o Brasil tinha 233 mil casos e 15.633 pela Covid-19, saiu da função com 11,5 milhões de casos e 280 mil mortes), ainda foi premiado com outro cargo no governo (com salários de R$ 16 mil)

🚨 É preciso barrar a Reforma Administrativa agora. Ou, o serviço público não será mais determinado pelo “cumprimento do dever”, mas sim pelas vontades dos “soberanos”.

Valorize o serviço público. É para todos.

#ServiçoPúblico #ÉPublico #ÉpraTodos #ValorizeOServidor #ReformaAdministrativaNão

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3 de agosto de 2021

 

Desde que assumiu a presidência, Jair Bolsonaro já nomeou 19 reitores de universidades federais que não estavam entre os mais votados nas eleições feitas pelas instituições. Cinco desses “interventores”, como são conhecidos por assumirem o cargo mesmo não sendo escolhidos por suas comunidades acadêmicas, anunciaram seu rompimento com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Sob a justificativa de não serem “aceitos e acolhidos” na Andifes por serem defensores do Governo Federal, desligaram-se da associação os reitores da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Não se sabe se outros interventores seguirão o mesmo. Quem sabe não planejam criar um clube só de dirigentes golpistas.

O que é a Andifes

Fundada em 1989, a Andifes tem como bandeira principal a defesa da educação pública e da democracia. Além dos cinco agora ex-integrantes, a entidade conta com outros 65 reitores de instituições federais de ensino superior.

Sua função é articular os reitores para implementar as demandas trazidas pelos integrantes de suas universidades. A Andifes permite que haja diálogo entre as pautas das universidades federais e outros grupos atuantes na educação, como os sindicatos de trabalhadores e de professores, as organizações estudantis, os órgãos do governo e a sociedade em geral.

Via de regra, não é uma entidade marcada fortemente pelo ativismo político e nem por posicionamentos mais contundentes em relação ao descaso dos governos. Portanto, a saída dos desertores serve apenas para a criação de um “fato político” para as bases extremistas do governo, afinal, é certo que a contribuição desses falsos dirigentes é mínima para o campo da educação.

O prejuízo não é necessariamente para essas figuras, já que não tiveram um mínimo de respeito com suas próprias comunidades e nem a preocupação em manchar o próprio currículo, sobrepondo a ganância pela posição (ou outras pretensões em relação ao governo Bolsonaro). Também não significa que sua ausência será efetivamente notada, já que sua contribuição ao conjunto das universidades federais beira a zero. Quem sai prejudicada é a instituição comandada por esses membros oportunistas, já que perdem a inserção em um espaço de interlocução com a comunidade universitária de todo o país.

 

Os partidários do “sem partido”

Assim como acontece nos debates dos projetos conhecidos como “Escola sem partido” ao redor do Brasil, que visam cercear a liberdade de ensino, a postura dos reitores-interventores se baseia em questões externas ao debate da educação, tendo apenas motivações políticas e ideológicas (e, novamente, oportunistas).

Acusando tudo de “partidário” ou “ideológico” (termos evocados quando são derrotados na argumentação racional), são os extremistas que politizam as discussões da educação, em vez de priorizar a melhoria e a expansão do ensino superior federal.

A autonomia universitária é uma das premissas da gestão das instituições de ensino, permitindo que elas produzam conhecimento voltado aos interesses do povo, e não ao governo de plantão. Bolsonaro vem tentando destruí-la ao nomear reitores-interventores ambiciosos.

A nossa UFPR correu esse mesmo risco durante o processo de escolha da gestão da reitoria no final de 2020, mas a resistência das entidades representativas e da comunidade acadêmica impediu que esse projeto fosse implementado por aqui.

O que talvez alguns desses interventores não perceba é que o projeto autoritário, truculento e anti-educação do governo atual está ruindo, envolvido em escândalos de corrupção (já notado pela ampla maioria da população), ineficácia e centenas de milhares de mortes evitáveis na pandemia de Covid-19. O presidente enfrenta derretimento de seu apoio popular e agora recorre às ameaças à Democracia, às fake news sobre urnas e ao encontro com políticos estrangeiros neonazistas para manter sua base radical.

Quando tudo isso passar e esses reitores-interventores perderem o cargo que receberam por suas posições extremistas, sem nenhum esforço ou mérito, a história deverá reservar a eles o ostracismo acadêmico (é o mínimo que merecem). Serão párias nas instituições de ensino. Mas o tenebroso e lastimável papel que estão cumprindo neste período triste da história do Brasil e das universidades federais nunca será apagado.

Fonte: APUFPR


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