STF quebra sigilo bancário de Temer por suspeitas no caso da MP dos Portos

O presidente Michel Temer teve seu sigilo bancário quebrado por determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), divulgada ontem (5). A decisão foi tomada no âmbito do inquérito que investiga irregularidades na elaboração da Medida Provisória 595, conhecida como a MP dos Portos. A quebra abrange o período de 1º de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017. É a primeira vez que um ocupante da Presidência da República no exercício do mandato tem os seus dados financeiros abertos por ordem judicial.

Além de Temer, que no fim de semana voltou a ser apontado como o mais rejeitado da história da República brasileira, também tiveram sigilos quebrados seus assessores e amigos pessoais Rodrigo Rocha Loures (conhecido como o “homem da mala”) e José Yunes, e Antonio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, esses últimos, respectivamente, dono e executivo da Rodrimar. 

Em nota, divulgada ainda na noite de ontem (5), a Presidência informou que Temer irá solicitar ao Banco Central todos os seus extratos bancários e a divulgação desses. “O presidente Michel Temer solicitará ao Banco Central os extratos de suas contas bancárias referentes ao período mencionado hoje no despacho do iminente ministro Luís Roberto Barroso. E dará à imprensa total acesso a esses documentos. O presidente não tem nenhuma preocupação com as informações constantes em suas contas bancárias”, diz a nota, assinada pela Secretaria Especial de Comunicação Social.

Por sua vez, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que Temer sentiu-se “indignado” com a decisão de Barroso. “O presidente vai divulgar seus extratos, não tem nada a esconder, mas encontra-se contrariado, e indignado até, por essa decisão que nós consideramos completamente indevida, principalmente pelo fato de este inquérito não possuir base fática alguma para justificar uma medida como essa”.

Marun não precisou quando as informações sobre os extratos bancários do presidente serão divulgadas. 

Fonte: Rede Brasil Atual


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