Setor Palotina da UFPR não depende de emendas parlamentares

9 de agosto de 2017

Campus-PalotinaQualquer universidade, quando fica atrelada a quem a financia, perde sua autonomia e sua capacidade crítica. Quando quem investe é o principal interessado na ciência produzida na instituição – e cobra os resultados que lhe interessam –, o conteúdo produzido certamente fica extremamente prejudicado.

Desde 2013, o setor Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) recebeu  somente 15% das emendas parlamentares prometidas. Nesse período, várias emendas foram criadas visando beneficiar o setor, porém só pequena parte do prometido foi empenhado. Deste total de valor empenhado o campus de Palotina não ficou com nada, e tudo foi destinado ao Campus de Maripá

Em 2017, o orçamento do setor Palotina da UFPR é de mais de R$ 500 mil – sem nenhuma emenda parlamentar em sua composição. Todo custeio e investimento vem do orçamento da própria Universidade. O funcionamento do Setor Palotina da UFPR não depende de emenda parlamentar.

Com esse cenário, uma coisa é certa: mesmo que, de fato, os setores e campi avançados recebessem recursos de emendas, isso não seria motivo para deixar que parlamentares – e políticos de qualquer natureza – interfiram na autonomia da UFPR.

 A incorporação do setor Palotina e do campus de Toledo à Universidade Federal do Oeste do Paraná (UFOPR) – medida prevista pela Emenda Aditiva à Medida Provisória 785/2017 – é um projeto que fere a autonomia universitária. Por isso, os docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos precisam resistir e lutar contra essa proposta.

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Fonte: APUFPR-SSind


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