Servidores estaduais protestam contra governo baiano e cobram reajuste salarial

Nesta segunda, como parte da agenda de lutas dos servidores baianos, foi lançada a Frente Estadual da Escola Sem Mordaça.

Milhares de servidores públicos do estado da Bahia protestaram, na última quinta-feira (6), contra o governo Rui Costa, que há dois anos não concede reajuste salarial aos servidores. Os manifestantes ocuparam um trecho da Avenida Paralela, importante via pública da cidade de Salvador (BA), e, posteriormente, a frente do acesso ao prédio da sede do governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), localizado na capital soteropolitana.

A manifestação, organizada pela Federação dos Trabalhadores Públicos do Estado da Bahia (Fetrab), contou a participação de diversas categorias do funcionalismo público, entre elas os docentes da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), representantes de centrais sindicas e, ainda, com o apoio do ANDES-SN e do Fórum das ADs, que reúne as seções sindicais dos docentes das quatro universidades estaduais da Bahia – Uneb, Uefs, Uesc, Uesb. Cerca de 300 mil servidores públicos estaduais não receberam o reajuste linear no últimos dois anos. Segundo os organizadores do protesto, as perdas salarias ocasionadas pela inflação, já corroeram quase 30% da remuneração mensal dos trabalhadores.

Durante o ato, os manifestantes entoaram gritos “Oh, Rui Costa, cadê você com seu arrocho tamanho G? Não dá! Não dá! Dois anos sem reajuste não dá!”, uma crítica referente à política de cortes no orçamento e retirada de direitos, praticada pelo governo estadual, contra os trabalhadores do serviço público.

O protesto do último dia 6 fez parte de uma intensa agenda de luta, do conjunto dos servidores públicos da Bahia, prevista para este mês de abril, contra os ataques e desrespeito do governo do estado ao funcionalismo e serviço públicos. A manifestação serviu, ainda, como mais uma etapa de preparação para a Greve Geral, no próximo dia 28 de abril, para barrar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista, além da aprovação da terceirização irrestrita já aprovada pelo governo Temer.

“A paralisação dos servidores públicos da Bahia na última quinta foi vitoriosa, com a paralisação de mais de 70% dos órgãos públicos, e com a presença de, cerca, 1,5 mil servidores. A mobilização também teve um papel fundamental para a construção da greve geral no dia 28 de abril e faz parte da agenda de atividades para o mês de abril. Nesta segunda, ocorre o lançamento da Frente Baiana Escola sem Mordaça que também faz parte dessa agenda de construção da greve geral, de nenhum direito a menos e de luta contra esse conservadorismo posto”, avaliou Caroline de Araújo Lima,  1ª vice-presidente da Regional Nordeste III e da coordenação do Setor das Estaduais e Municipais (Iees/Imes) do ANDES-SN.

Escola sem Mordaça

Nesta segunda-feira (10) ocorreu o lançamento da Frente Baiana Escola sem Mordaça no campus I da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A Frente é formada por várias entidades e tem o objetivo de debater e construir oposição aos projetos de lei relacionados ao Movimento Escola Sem Partido.

Estiveram presentes na ocasião, Olgaíses Maués, 3ª vice-presidente do Sindicato Nacional e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho de Política Educacional (GTPE) e Marta Rodrigues, vereadora baiana e autora do projeto Escola Livre, apresentado com a proposta de garantir a pluralidade de ideias nas unidades de ensino públicas e privadas.

A Frente Nacional Escola sem Mordaça é uma iniciativa deliberada no II Encontro Nacional de Educação (ENE), realizado em junho do ano passado, em Brasília (DF). O lançamento da Frente aconteceu no dia 13 de julho de 2016, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Fonte: ANDES -SN


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