Seção Sindical cobra transparência e apuração de desvio de verbas na Uespi

A Polícia Federal (PF) deflagrou na quarta-feira (17) a Operação Curriculum, que investiga desvio de verbas na Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Segundo denúncias, havia desvio no pagamento de bolsas do Programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) e do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR).

Apenas no ano de 2016, teriam sido desviados mais de R$ 275 mil em pagamento de bolsas a pessoas que não participavam dos programas, a pessoas sem formação acadêmica e a pessoas sem vínculos com a Uespi, incluindo familiares de servidores da instituição. A PF também investiga o pagamento de bolsas para contratação de serviços terceirizados, o que caracteriza desvio de finalidade. Agentes da PF realizaram operações de busca e apreensão nas dependências da Uespi e impediram a entrada de servidores no prédio da reitoria por algumas horas.

Lina Santana, presidente da Associação dos Docentes da Uespi (Adcesp – Seção Sindical do ANDES-SN), ressalta que a Seção Sindical acompanhou de perto o processo de denúncias de irregularidades nos últimos meses e que espera a apuração dos fatos. A Adcesp-SSind divulgou nota nesta quinta-feira (18) sobre o tema, ressaltando que os responsáveis pelos desvios, se confirmadas as denúncias, devem ser punidos.

Confira a nota abaixo:

NOTA SOBRE OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

Sobre a operação deflagrada pela Polícia Federal, na manhã de ontem (17), no campus Torquato Neto, da Universidade Estadual do Piauí, a Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP) vem a público se manifestar em defesa da transparência e pela apuração completa dos fatos.

A denúncias que pesam contra a instituição e os Programas Universidade Aberta do Brasil (UAB) e Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) são graves e precisam ser amplamente apuradas. Se confirmadas, os responsáveis precisam ser rigorosamente punidos.

A ADCESP vem cobrando esclarecimentos dos órgãos de fiscalização e acompanhando as denúncias de irregularidades e corrupção, uma vez que entendemos que os recursos públicos destinados à instituição dizem respeito a toda a comunidade acadêmica e a sociedade piauiense. As denúncias foram feitas ao Ministério Público de forma anônimas. À época, a ADCESP entendeu que iria acompanhar o desenrolar dos fatos.

Diante de casos como esse, torna-se cada vez  mais necessário fortalecer as lutas em defesa da UESPI com controle social, participação paritária dos setores nos conselhos superiores e, sobretudo, com autonomia financeira e administrativa.

Com informações de Adcesp-SSind e imagem de Uespi.

Fonte: ANDES-SN


BOLETIM ELETRÔNICO


REDES SOCIAIS