Resposta da APUFPR-SSind à nota da Diretoria Disciplinar da UFPR

25 de abril de 2019

cadeira vazia apufprA diretoria da APUFPR-SSind, reitera o que afirmou em nota publicada no dia 22 de abril último sobre a perseguição, por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), contra cinco docentes do Setor Palotina na UFPR, os quais nominalmente votaram, em reunião de departamento, em uma proposta que desagradava as chefias de departamento e de setor: “É inaceitável buscar soluções punitivas a questões que se situam dentro da dinâmica do debate acadêmico.  Por isso é muito importante compreender que essa situação atenta contra a liberdade de cátedra e contra a profissão docente, por meio do esvaziamento do mérito pedagógico em virtude de critérios políticos e pragmáticos”.
Esta diretoria destaca que solicitou audiência de esclarecimentos com a Reitoria, com a Progepe e com a direção do setor Palotina, e estranhamente nenhuma destas unidades respondeu ao pedido. A ausência de resposta causa perplexidade, já que se trata de um ataque grave à autonomia das instâncias democráticas na Universidade.
O que é mais repudiante na posição publicada, é o fato de a diretoria disciplinar, antecipadamente ao término do julgamento do PAD, já afirmar que houve assédio, como se já houvesse condenação prévia. Fica nítido que o direito a presunção da inocência parece não existir, uma vez que a condenação parece já ter sido realizada. Essa mesma nota ainda usa um espaço do Governo Federal para atacar o sindicato, assumindo a mesma forma de atuação da atual gestão presidencial. Isso contribui para esvaziamento do debate, deixando de lado a posição sobre o conteúdo político da possível punição contra docentes.
A atual diretoria da APUFPR-SSind, reafirma que é autônoma a partidos e à Reitoria, e sempre lutou pelos direitos dos docentes. Da mesma forma, busca a unidade entre os docentes por uma educação pública, democrática, laica e gratuita, e por isso não aceita que se utilize um veículo da UFPR para atacar o sindicato e dizer o que o mesmo “deve ou não deve fazer”.  Essa é uma interferência que corrobora o PAD em questão, lembra períodos anteriores de ausência de democracia e de liberdade sindical, e parece ter adesão dentro da atual Reitoria.
Deve-se considerar que o sindicato sempre defendeu a liberdade nas instâncias deliberativas da UFPR e continua a defendê-la contra aqueles que querem cerceá-la, do mesmo modo que defendeu e continua defendendo todos docentes dos processos políticos, sejam estes os da ditadura ou aqueles das administrações autoritárias.
Para a diretoria da APUFPR-SSind, não existe lado nem partido a ser tomado no caso, mas sim princípios que nunca devem ser abandonados, da DEMOCRACIA e da LIBERDADE!
Não é, e nunca será desvio de finalidade, defender princípios tão caros, ainda mais na atual conjuntura.


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