Regional Nordeste III leva debates sobre conjuntura para o interior de Alagoas

A cidade de Delmiro Gouveia (AL) recebeu, nos dias 16 e 17 de junho, o 53º Encontro da Regional Nordeste III do ANDES-SN. O evento, realizado no campus Sertão da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), teve como tema “Movimento Docente contra as Reformas: Greve Geral e Reorganização da Classe Trabalhadora!”, e foi organizado em conjunto com a Associação dos Docentes da Ufal (Adufal – Seção Sindical do ANDES-SN).

Caroline Lima, 1ª vice-presidente da Regional Nordeste III do ANDES-SN, avalia que é fundamental levar os debates do Sindicato Nacional ao interior do país, região muitas vezes deixada de lado nos temas nacionais e conjunturais. “Foi muito importante realizar esse encontro no interior, possibilitando, a diversos docentes, a participação em debates como o que realizamos. O encontro também foi muito representativo, apenas duas seções sindicais da Regional não puderam participar”, afirma a docente.

Antes do início dos debates, houve uma apresentação cultural da orquestra Coro Universitário do Sertão, do projeto de extensão do campus, regido pelo maestro Marcel Garrido. Logo após, foi realizada a mesa de abertura com o tema: “Greve Geral e Reorganização da Classe Trabalhadora!”, com a presença de Eblin Farage, presidente do Sindicato Nacional.

O tema do combate ao preconceito à diversidade também esteve presente no encontro. Foi realizada a mesa ‘As contrarreforma e o recrudescimento do conservadorismo: machismo, racismo, sexismo e LGBTfobia‘. Por fim, teve lugar uma mesa sobre questões organizativas e financeiras. O encontro foi encerrado com apresentação cultural do espetáculo ‘O mundo negro’, do grupo Abí Axé Egbé, também do projeto de extensão e equipamento cultural da Ufal.

Caroline Lima afirma que os debates realizados no encontro armaram os docentes para o 62º Conad, que será realizado em Niterói (RJ), no mês de julho. “Debatemos a necessidade da construção da Greve Geral para barrar as contrarreformas, e também o prejuízo causado por esses ataques às mulheres, aos negros e negras, à comunidade LGBT e aos indígenas”, disse.

Repúdio

Ao final do encontro, os participantes aprovaram uma moção de repúdio do encontro contra a violência sofrida pelas 67 famílias indígenas Kariri Xocó, no dia 25 de maio de 2017, em Paulo Afonso (BA), durante a ação de despejo e o incêndio da aldeia, com destruição das malocas até das plantações.

A nota destaca que área ocupada por estas famílias pertence ao governo federal, possuindo cerca de 170 hectares, e que encontrava-se abandonada por 30 anos, a qual já devia ter sido demarcada. Para os docentes, essa violência impulsiona e reforça a ação de grileiros e especuladores de terra na região, que vem tomando a terra dos povos originários.

Com informações de Adufal-SSind.

Fonte: ANDES-SN

 


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