Proposta de desmembramento de Palotina e Toledo é semelhante ao que ocorreu com o fim da Escola Técnica

21 de agosto de 2017

SEPT_fachada_webEm 2008, o governo federal sancionou a Lei 11.892/2008, que criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Uma das consequências dessa medida foi o desmembramento da Escola Técnica da UFPR para a criação do Instituto Federal do Paraná (IFPR).

Nessa mudança, muitos professores que seriam transferidos para a nova instituição tiveram que lutar para permanecer na UFPR, processo que envolveu a comunidade universitária, a Reitoria e o Ministério da Educação (MEC).

O diretor administrativo da APUFPR-SSind, Claudir José Daltoé, lembra que a organização dos docentes por meio de um abaixo-assinado foi essencial para definir quais professores desejavam continuar na Universidade.

A mobilização resultou no apoio da Reitoria, na permanência dos docentes que manifestaram suas intenções e na criação do Setor de Educação Profissional e Tecnológica (SEPT), que atualmente oferece cursos tecnólogos, como Gestão Pública, Gestão da Qualidade, Secretariado, entre outros.

Semelhante a isso é o que ocorre no Setor Palotina e no campus de Toledo, que corriam o risco de serem desmembrados da UFPR para formar a Universidade Federal do Oeste do Paraná (UFOPR), agregando também a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), que seria extinta. A proposta fazia parte da Emenda Aditiva à Medida Provisória 785/2017.

Os interesses políticos intrínsecos nessa proposta incluem principalmente a criação de novos cargos e a formação de mão de obra para o agronegócio, muito forte na região Oeste do estado.

Daltoé reforça o papel da mobilização social pela permanência do Setor Palotina e do campus de Toledo na UFPR. “A organização da comunidade universitária e a participação da sociedade em geral é fundamental nessas situações”.

Confira aqui a entrevista com Claudir José Daltoé:

Fonte: APUFPR-SSind

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