Previdência: Chilenos realizam plebiscito sobre aposentadoria

Os chilenos participarão, nos dias 29 e 30 de setembro e 1º de outubro, de um plebiscito sobre o sistema previdenciário do país. O plebiscito é organizado pela No + AFP (Não Mais Administradoras de Fundos de Pensão, em português), movimento que luta pelo fim do sistema privado de Previdência, e pela volta de um sistema público, universal e por repartição.

A No + AFP realizou, na manhã dessa quinta-feira (28), uma entrevista coletiva em Santiago, capital do país, sobre o plebiscito. Os organizadores ressaltaram que existem mais de dois mil locais de votação. “Não basta marchar e protestar. Agora passamos a uma mobilização de nível nacional, que busca mobilizar milhares de compatriotas, a fim de dar maior legitimidade à luta pela Seguridade Social”, disse o movimento.

Poderão votar todos os chilenos maiores de 18 anos, residentes ou não no país, além de estrangeiros com cédula de identidade chilena. A votação será realizada presencialmente, em todo o país, e também pela internet, no site www.plebiscitopensiones.cl.

Desde 1981, época em que Augusto Pinochet comandava uma ditadura no país, a Previdência chilena funciona por meio de uma conta de contribuições forçadas, com trabalhadores destinando 10% de seus salários para as Administradoras de Fundos de Pensão (AFP), que funcionam de maneira similar aos fundos de pensão brasileiros, como o Funpresp. Quando se aposentam, os trabalhadores chilenos recebem aposentadorias menores do que os valores investidos ao longo dos anos.

As AFP administram mais de 150 milhões de dólares provenientes dos salários dos trabalhadores, e utilizam essa quantia para investir em empresas ou em ações na bolsa de valores. As perdas dessas operações são socializadas entre os trabalhadores, o que faz com que muitos tenham que seguir trabalhando após a aposentadoria.

Com informações e imagem de NO + AFP.

Fonte: ANDES-SN


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