Precisamos defender a nossa universidade do terror do governo

22 de outubro de 2019
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A destruição da educação é o projeto que exalta a ignorância, desvaloriza o conhecimento científico e a diversidade ideológica. Não se trata de ser de direita ou de esquerda, somos todos oposição quando nossos direitos e a nossa reputação estão em jogo!

Desmantelar o ensino público, atacar os direitos dos servidores e a credibilidade de professores e intelectuais é uma das estratégias de terror vinda de setores que combatem o senso crítico e qualquer ideia contrária à sua. Retirar a autonomia das universidades públicas, perseguir professores e falir a estrutura para que a privatização seja a única saída. Um projeto que amplia as desigualdades sociais para que o ensino superior gratuito e de qualidade não seja um direito a todos.

É um projeto de terror, aplicado sistematicamente contra a educação e, mais especificamente, contra o ensino superior público e as comunidades universitárias. Para enfrentar esse cenário, a APUFPR criou a campanha Universidade federal: menos terror, mais valor, que você pode conhecer clicando aqui:

O terror como prática política contra a educação

O primeiro ministro da Educação do governo Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodriguez, deixou claro como a pasta seria guiada nesse governo quando afirmou que a “universidade não é para todos”. O atual governo tem ignorado o caráter social das universidades públicas, seja pelo acesso à educação, seja pelos serviços prestados à comunidade. Mais de um milhão de pessoas foram atendidas pelos hospitais da UFPR em 2018, por exemplo.

Mesmo em ter sido aprovada pelo Congresso, a “lei da mordaça” tem sido aplicada constantemente nas universidades públicas, intimidando professores e pesquisadores diariamente. A perseguição aos docentes das áreas de Ciências Sociais e de Humanas é outra forma de atacar diretamente áreas do conhecimento e pesquisadores que estimulam o senso crítico. Em abril, o presidente Bolsonaro tuitou que era necessário “descentralizar” o investimento na área de Humanas, sobretudo nos cursos de Filosofia e Sociologia. Um ataque direto à produção de conhecimento crítico.

Quando Abraham Weintraub assumiu a pasta da Educação, reforçou os ataques de cunho ideológico, inicialmente, à UFBA, UnB e UFF, sob a falsa justificativa de que teriam caído no desempenho acadêmico. As três foram as primeiras ameaçadas com o corte de 30%. Um ataque feito com mentiras para minar universidades engajadas e de importante representatividade.

A desinformação é uma das munições utilizadas pelo Governo Federal. Não é à toa que o compartilhamento de fake news continua crescendo no Brasil. Informações falsas ou destorcidas são utilizadas para atacar a reputação de universidades, de professores, de manifestantes e qualquer pessoa ou grupo que ameace estourar a bolha de mentiras distribuídas em massa. Atacam qualquer um que combate essas táticas de terror, especialmente a direcionada às universidades.

A produção do conhecimento reflete o desenvolvimento social, cultural e econômico de uma nação. Um governo que ataca os interesses do povo em nome de uma minoria privilegiada não promove o desenvolvimento e o bem-estar da sua população.

Ao contrário das informações baseadas em achismo e mentiras, as universidades públicas são responsáveis por 95% da produção de ciência no Brasil, de acordo com o Web of Science. A UFPR é 15ª colocada entre todas as instituições brasileiras e 13ª colocada entre as públicas, de acordo com o ranking Times Higher Education (THE). Um esforço conjunto entre professores e toda a comunidade acadêmica que precisa continuar. Este é um bem público construído com muito esforço. Precisamos defender a nossa universidade contra o terror que se lança sobre ela!

Fonte: APUFPR


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