Plenária do Conad debate tarefas do movimento docente frente à conjuntura

14 de julho de 2017

62 CONADNa quinta-feira (13), dia em que Michel Temer sancionou a contrarreforma Trabalhista que retira direitos historicamente conquistados, foi realizada a Plenária do Tema 1: Movimento Docente e Conjuntura do 62º Conad do ANDES-SN. O Conad, que tem como tema “Avançar na unidade e reorganização da classe trabalhadora: em defesa da educação pública e nenhum direito a menos!”, ocorre em Niterói (RJ) até domingo (16), no Teatro Popular Oscar Niemeyer e na Universidade Federal Fluminense (UFF).

Oito textos sobre o tema da plenária – da diretoria do ANDES-SN, de diretorias ou assembleias das seções sindicais e também de docentes sindicalizados – foram apresentados aos delegados presentes no Conad. Ao contrário das demais plenárias, não há, no Tema 1, votação de Textos de Resolução (TRs). Os TRs serão apreciados nos demais espaços do Conad.

A centralidade do debate esteve na avaliação do caráter do governo de Michel Temer e nas consequências de sua política, como as contrarreformas Trabalhista e da Previdência e a Lei das Terceirizações, para a classe trabalhadora. Os docentes presentes no Conad também avaliaram o crescimento da mobilização dos trabalhadores no último período, expresso especialmente na Greve Geral de 28 de abril e na marcha Ocupa Brasília de 24 de maio. O recuo da maioria das centrais sindicais, que impossibilitou a construção de uma Greve Geral ainda maior em 30 de junho, também foi debatido, e criticado.

Foi unânime a defesa da construção de uma nova Greve Geral para barrar as contrarreformas e derrubar o governo de Temer, assim como o entendimento de que só com unidade de ação entre sindicatos e movimentos sociais será possível essa construção. Entretanto, houve divergências sobre quais ações políticas acompanham a perspectiva de derrubada do presidente – mesmo que o rechaço à possibilidade de realização de eleições indiretas tenha sido unânime. Nos próximos dias do Conad, os docentes debaterão, em Grupos de Trabalho e em plenárias, qual a política que o ANDES-SN defenderá em relação a isso, como, por exemplo, eleições diretas e eleições gerais com novas regras. Divergências também surgiram na avaliação do papel dos governos petistas nos atuais ataques aos direitos dos trabalhadores.

Houve, ainda, a análise das consequências da situação política, econômica e social brasileira nas instituições de ensino. A crise das universidades estaduais do Rio de Janeiro – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo) – foi citada como exemplo da situação caótica na qual se encontra a educação pública brasileira em meio a cortes de orçamento e de teto de gastos nos serviços públicos.

Juliana Fiúza, 1ª vice-presidente da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, coordenou os trabalhos da plenária e avaliou positivamente os debates realizados. “O debate mostrou a diversidade de posições que temos no Sindicato Nacional e, mais uma vez, afirmou o quão democrático é o funcionamento do ANDES-SN. Ficamos três horas debatendo conjuntura, com várias posições apresentadas. E é dessa forma que acumulamos para, até o final do Conad, definir uma pauta e uma agenda para lutar contra os ataques que a classe trabalhadora vem sofrendo”, afirmou a docente.

Números

Estão presentes no Conad 66 delegados e 166 observadores, representando 70 seções sindicais, além de 2 convidados. Também foram credenciados 36 diretores do ANDES-SN.

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Fonte: ANDES-SN


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