Para que investir no que já se mostrou um erro para os próprios brasileiros?

2 de maio de 2019

A capitalização se mostrou um modelo fadado ao fracasso em todas as proporções em que foi aplicada — tanto em países inteiros quanto em fundos de Previdência complementar adotados por empresas públicas.

No Brasil, há dois exemplos que demonstram a inviabilidade do modelo.

A Postalis, criada em 1981 para assegurar os benefícios previdenciários de funcionários dos Correios, é marcada por um longo histórico de má administração, desvios financeiros, fraudes milionárias, inúmeras operações da Polícia Federal, duas CPIs e um rombo de mais de R$ 7 bilhões.

Atualmente em equacionamento para tentar reparar o déficit, o fundo de pensão cobra alíquotas extraordinárias de seus beneficiários. Além da contribuição fixa de 8% ao mês, os ativos arcam com percentuais complementares que variam de 3% a 6%. Os descontos também afetam os aposentados, que chegam a perder mais de um quarto dos proventos todos os meses.

A história se repetiu na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI), maior fundo complementar da América Latina. Em 2017, o deficit acumulado já batia a casa dos R$ 13,9 bilhões.

No caso da Previ, a má gestão aprofunda a grave situação do fundo. Em novembro do ano passado, um grupo de aposentados recorreu à Justiça para reivindicar o ressarcimento de R$ 7,5 bilhões. O montante é referente aos ganhos acumulados pelo plano de aposentadoria e foi transferido de maneira irregular para o próprio Banco do Brasil.

Com a capitalização, há o inevitável rastro de corrupção e perdas financeiras para os beneficiários. Em escala nacional, a situação não será diferente.

Se você é contra a implantação de um sistema falido no país, junte-se à APUFPR-SSind e compartilhe a campanha #PrevidênciaNãoÉPrivilégio.


BOLETIM ELETRÔNICO


REDES SOCIAIS