O que Anísio perderia com a Reforma da Previdência?

25 de março de 2019

Anísio sempre quis ser professor universitário, e focou sua formação nesse objetivo.
Depois de alguns anos conquistou o mestrado e depois o doutorado. Ingressou na universidade pública em 2004 (portanto antes de 2013, quando ficou estabelecido o teto do INSS para os proventos).
Foi progredindo na carreira.
Após muito tempo e dedicação, conquistou seu posto como docente titular em regime de Dedicação Exclusiva (DE). Com isso, alcançou os vencimentos de R$ 19.985,24.
Sem a Reforma, Anísio dispensaria 11% de seus vencimentos à alíquota previdenciária – cerca de R$ 2.200,00 de seu salário todos os meses. Com a implantação da Reforma, começaria, logo de cara, a contribuir com algo em torno de 14% de seu salário. Anísio viu cerca de R$ 600,00 a mais sendo descontados de seu salário (sempre com o risco de contribuir com valores maiores, já que a PEC abre brechas para que as porcentagens subam ainda mais).
Com a mudança causada pela Reforma, na hora de se aposentar foram contabilizados todos os salários de Anísio, incluindo os 20% piores (sem a Reforma só contam os 80% maiores). Como no início da carreira os valores são menores, e vão crescendo conforme se progride, esses valores iniciais puxaram para baixo o valor final de sua aposentadoria.
E Anísio ainda teve que trabalhar até atingir a idade mínima.
Na prática, Anísio teve que contribuir muito mais, trabalhando muito mais, para ganhar muito menos.
* Essa é uma história hipotética, mas que ocorrerá com muitos servidores caso a Reforma da Previdência seja aprovada.
Se você é contra uma medida que irá reduzir consideravelmente seu salário, junte-se à APUFPR-SSind e compartilhe a campanha #PrevidênciaNãoÉPrivilégio.


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