Nota em repúdio à repressão policial e ao incêndio criminoso que atingiu a Ocupação 29 de Março

10 de dezembro de 2018
Foto: Gibran Mendes

A APUFPR repudia a repressão e a violência cometida contra os moradores da Ocupação 29 de Março, que resultou em pelo menos uma morte confirmada e no incêndio que destruiu centenas de moradias de trabalhadoras e trabalhadores e seus familiares, deixando desabrigados idosos, jovens, crianças, pais e mães de família que lutam pelo direito humano fundamental à moradia digna.
Durante toda a sexta-feira (07) moradores das ocupações Dona Cida, Tiradentes, Nova Primavera e 29 de Março denunciavam que a Polícia Militar do Paraná, na busca pelo responsável por balear um policial que veio a falecer, rondava as comunidades atirando, arrombando e invadindo residências. A tristeza e a indignação pela morte do policial e a solidariedade com sua família não podem se transformar em criminalização de toda a comunidade.
O ato criminoso cometido contra as famílias da Ocupação 29 de Março denuncia a desconsideração que governos de diferentes esferas têm pela vida dos cidadãos que residiam nessas comunidades, assim como por moradores das mais diversas periferias. Evidencia também a brutal desigualdade que marca as condições de vida em Curitiba, refutando o mito da Cidade Modelo.
Toda a solidariedade às ocupações Dona Cida, Tiradentes, Nova Primavera e 29 de Março. A APUFPR exige a apuração das responsabilidades, a punição dos responsáveis pela violência e pelo incêndio criminoso e todo apoio do Estado à reconstrução das residências, garantindo o direito à moradia digna de todos os atingidos pela tragédia.
Curitiba, 8 de dezembro de 2018

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