No Paraná, Seminário Nacional do GTPAUA realiza ampla discussão sobre agrotóxicos

Neste ano, o Paraná foi o estado escolhido para a realização do Seminário Nacional do Grupo de Trabalho de Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA) do ANDES-SN. De 23 a 25 de novembro, docentes de todo o Brasil se reuniram no Centro de Ciências Florestais da Madeira (CIFLOMA) para discutir o tema Agro_TÓXICO: contamina, envenena e mata.

Abordando os eixos Saúde; Legislação, meio ambiente e ideologia; e Agroecologia e educação do campo, os debates propuseram soluções para a redução do uso de agrotóxicos no Brasil. Dentre as soluções está a não aprovação do PL do veneno, a proibição da pulverização aérea de agrotóxicos e o fomento às agriculturas de base ecológica.

“O Seminário teve uma metodologia muito interessante. Após as palestras, dividiu-se os participantes e palestrantes em grupos de trabalho e as propostas para a redução do uso de agrotóxicos foram sistematizadas e publicizadas em um relatório para todas as associações dos docentes do ensino superior do Brasil filiadas ao ANDES-SN. Nos GTPAUAs locais serão concretizados os encaminhamentos, assim a resistência e fortalecimento da agroecologia poderá acontecer”, explicou a primeira-secretária da APUFPR-SSind, Márcia Marzagão Ribeiro.

O grupo discutiu os efeitos da aplicação de agrotóxicos para quem consome esses produtos e também para os trabalhadores do campo que entram em contato com eles e os impactos socioculturais e ecológicos de uma possível flexibilização das leis que regulam a questão.

Para a procuradora do Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) Margaret Matos, que compôs a mesa Reflexões sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde humana, a vontade dos professores presentes de mudar a realidade da lógica produtiva do plantio foi o ponto mais impressionante do evento.

“Nós temos uma proposta legislativa perversa que representa muitos riscos ao Brasil. A gente precisa conversar sobre esse tema e, por outro lado, também trazer esperança de que se nos unirmos, poderemos aprovar legislações estaduais e municipais que sejam mais benéficas à saúde e ao meio ambiente”, explicou Margaret.

Docentes fizeram visita técnica ao Assentamento do Contestado

No último dia de evento, os participantes do Seminário foram a uma atividade prática: uma visita técnica ao Assentamento do Contestado, no município da Lapa, onde o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desenvolve um forte trabalho de agroecologia.

Os docentes tiveram a oportunidade de conversar com moradores, visitar os plantios orgânicos e dialogar sobre a experiência da organização coletiva de uma estrutura agroecológica.

Ao fim da tarde, o grupo participou de uma roda de conversa sobre o funcionamento da Escola Latinoamericana de Agroecologia (ELAA), que funciona dentro do assentamento em parceria com o Instituto Federal do Paraná (IFPR) de Campo Largo.

“A resposta dos docentes à visita foi tão positiva que já estamos conversando sobre realizar um seminário que aconteça inteiramente dentro do assentamento”, afirmou Márcia Marzagão.

Fonte: APUFPR-SSind

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