
Após a derrota no segundo turno das eleições, em 30 de outubro, o presidente Jair Bolsonaro deixou de aparecer publicamente, mas não parou de articular as maldades de seu governo. Ao que parece, há muita pressa para tentar destruir o que sobrou do país.
Enquanto o país parava para assistir ao jogo da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de futebol, o governo fazia novos cortes no orçamento do Ministério da Educação (MEC), com impacto direto nas universidades federais, que terão dificuldades para pagar as contas básicas e os serviços terceirizados, como segurança e limpeza.
Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o novo corte no MEC é de R$ 1,68 bilhão, sendo que R$ 244 milhões foram tirados das universidades federais, que já vêm enfrentando dificuldades para manter as atividades.
Bloqueio já havia sido tentado em outubro
Desde que assumiu a presidência, em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro promoveu uma série de cortes no orçamento da educação pública e das universidades federais. Foram quatro anos de insegurança e instabilidade, que demandaram muita mobilização e pressão da comunidade acadêmica para impedir o estrangulamento das instituições.
Após promover uma série de medidas eleitoreiras e cometer diversos crimes eleitorais na busca desesperada pela reeleição, o governo Bolsonaro tentou bloquear R$ 2,4 bilhões do MEC quando faltavam dois dias para o primeiro turno.
Após enorme pressão de estudantes, professores, sindicatos e da sociedade de forma geral, o MEC anunciou que a verba seria desbloqueada.
Em junho de 2022 já havia sido feito um outro bloqueio de R$ 3,2 bilhões da Educação, o que correspondia a cerca de 14,5% do orçamento total da pasta no ano. Após sofrer fortes pressões, o Governo Federal desbloqueou metade do valor, mas o restante foi cortado definitivamente.
Faltando pouco mais de um mês para o tão esperado final da gestão criminosa e corrupta de Bolsonaro, o país aguarda, apreensivo, quantos estragos mais o presidente pode fazer antes de deixar seu cargo. Teremos que manter a mobilização até o último dia desse nefasto governo.
Fonte: APUFPR