Na sede da ABI, entidades fazem ato em defesa dos servidores estaduais do RJ

As denúncias da situação de calamidade dos serviços públicos estaduais do Rio de Janeiro, bem como da extrema dificuldade que vêm enfrentando os servidores públicos, com salários atrasados desde maio e não pagamento do 13º de 2016, devido ao não pagamento dos salários foram apresentadas durante o ato em apoio aos servidores públicos estaduais do Rio de Janeiro, realizado no início da noite dessa quarta-feira (2) na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Depoimentos de servidores estaduais expressaram a situação calamitosa pela qual passam servidores e o serviço público no estado e a necessidade de unificação das lutas.
Promovida pela CSP-Conlutas, a atividade contou com a presença de diversas entidades do estado e nacionais como ANDES-SN, Sinasefe, Muspe, Asfoc, Oposição-Sintuprj, Sindscoop, e das seções sindicais do ANDES-SN no Rio de Janeiro. Será lançado um manifesto que defende luta unificada de todos os trabalhadores do estado, exigindo pagamento imediato dos salários do funcionalismo.
O governo fluminense vem desferindo diversos ataques contra os servidores e contra a população em geral. Atualmente, mais de duzentos mil trabalhadores do serviço público estadual estão sem salário desde o mês de abril e ainda não receberam o 13º salário referente ao ano de 2016. O atraso nos pagamentos também afeta aposentados e pensionistas.
Segundo Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, o ato realizado na ABI foi importante para dar visibilidade nacional  o desmonte dos serviços públicos no Rio de Janeiro e aos ataques que os servidores estão sofrendo. “Foi um momento importante como mais uma ação, no conjunto de ações que já estão sendo realizadas pelo funcionalismo público no estado do Rio, e agora buscando dar visibilidade nacional, a partir da CSP Conlutas, a nossa central sindical, e de, além de prestar solidariedade, pensar outras formas de mobilização para a luta no Rio de Janeiro, que está ficando cada dia mais difícil”, comentou.
A presidente do Sindicato Nacional contou ainda que durante o ato foi decidido criar uma comissão estadual, com representações de diferentes entidades, para pensar um calendário de lutas no estado fluminense. “Iremos também elaborar um jornal para circulação nacional, explicitando a situação do Rio de Janeiro e demonstrando que o Rio é um balão de ensaio para o conjunto de desmontes do serviço público dos estados e municípios. Por isso, é importante que os servidores públicos das três esferas [federal, estadual e municipal] se articulem e se organizem para construir ações de luta e resistir a esses ataques”, concluiu.
Greve nas Estaduais do Rio
Diante do cenário caótico da educação superior estadual do Rio de Janeiro, no qual não há condições financeiras de manutenção das atividades acadêmicas, os docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) decidiram entrar em greve a partir de 1º de agosto, data prevista para o início do semestre letivo. Os estudantes também deliberaram, em assembleia, por aderir ao movimento grevista. Alegando a impossibilidade de funcionamento, reitoria da Uerj suspendeu o início do semestre letivo, previsto para terça (1).
Os docentes da Universidade Estadual da Zona Oeste do Rio de Janeiro (Uezo) também decidiram, em assembleia, entrar em greve a partir de segunda-feira (7), até que sejam quitados, minimamente, os salários referentes a maio e junho. Foi deliberada a realização de uma nova assembleia no dia 17, para votação da continuidade ou não da greve.
Nessa quinta-feira (3), em uma assembleia que contou com a participação de mais de 120 professores, e após ampla discussão sobre como enfrentar a grave crise causada pela falta de pagamento de salários e bolsas, os docentes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) também decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, com a suspensão imediata das aulas dos cursos de graduação e pós-graduação.

*Com informações das Seções Sindicais Asduerj SSind. Aduezo SSind. e Aduenf SSind.

Fonte: ANDES-SN

 


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