Na próxima terça (30) teremos live com Zulu Araújo (ex-presidente da Fundação Palmares)

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Na próxima terça (30) teremos live com Zulu Araújo (ex-presidente da Fundação Palmares)

Encerrando o calendário de atividades de novembro, mês destacado para reforçar as lutas antirracistas no Brasil, a APUFPR promoverá uma atividade online na próxima terça-feira, dia 30, a partir das 15h, aberta a toda a comunidade, para debater a importância da comemoração do Dia da Consciência Negra.

Teremos a participação de Zulu Araújo, importante liderança do movimento negro no Brasil, para conversar sobre esse tema que, ainda hoje, enfrenta grandes resistências por parte de setores radicais da sociedade (e do governo de Jair Bolsonaro).

A transmissão será feita pelo Youtube e pelo Facebook da APUFPR.

 

Liderança

Entre 2007 e 2010, Zulu foi presidente da Fundação Palmares (primeira instituição pública voltada para promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira), indicado pelo então ministro da Cultura Gilberto Gil.

Antes, atuava como diretor de promoção, intercâmbio e divulgação de cultura afro-brasileira da Fundação.

Ele também foi diretor de cultura e conselheiro do Grupo Cultural Olodum por 10 anos; administrador e coordenador cultural da Praça do Reggae; assessor especial da Secretaria de Cultura da Bahia e da Fundação Cultural do Estado, coordenador-geral da celebração dos 300 anos de Zumbi dos Palmares e diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (BA). Além disso, foi representante do Brasil na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Em 2007, quando a Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) publicou o livro “Paraná Negro”, Zulu estava frente à Fundação Palmares e foi um dos grandes incentivadores da publicação. A obra foi pioneira na compilação e resgate histórico da trajetória dos quilombos paranaenses.

 

Fundação Palmares, refém do extremismo

Desde o começo do governo Bolsonaro, a Fundação Palmares foi tomada pelo negacionismo. O atual presidente, Sérgio Camargo, vem provando que os interesses políticos-financeiros se sobrepõem a lutas históricas.

Em sua gestão, a Fundação vem se tornando um órgão acessório do governo para dar voz a confabulações histriônicas dos setores radicais que, vem vez de combater o racismo, o reforçam.

Em uma postagem em suas redes sociais, ele ironizou o Dia da Consciência Negra, ao qual adjetivou como “Dia da Vitimização do Negro”, “Dia da Mente Negra Escravizada pela Esquerda”, “Dia do Culto ao Ressentimento pelo Passado” e “Dia de Luta pela Divisão Racial do Povo”.

Por fim, ele chamou a data de “racista e segregadora” e que “deveria ser abolida”.

Não que as palavras dele tenham alguma representatividade, inclusive porque ele está afastado da gestão de pessoas da instituição por decisão da justiça, por assédio moral. Mas ele serve como uma ‘muleta política’ para que o restante do governo reafirme conceitos racistas.

Todos esses elementos mostram o quanto esse debate é fundamental para pensarmos o futuro do Brasil e os caminhos que precisamos trilhar para reforçarmos as lutas antirracistas.

 

Anote aí:

Live com Zulu Araújo: Dia da Consciência Negra

Data: 30 de novembro

Horário: 15h

Transmissão pelo Youtube e pelo Facebook da APUFPR

 

Fonte: APUFPR


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