Mulheres debatem sobre ataques aos seus direitos e participam de ato

9 de março de 2017

IMG_01461Como é ser mulher na atualidade? Apesar das inúmeras conquistas, as mulheres ainda sofrem com violência, preconceito, assédio e desigualdade na rua, no trabalho e até na própria casa.

Além disso, o governo federal tem proposto medidas que prejudicam diretamente as mulheres. É o caso da Reforma da Previdência, que acentua a desigualdade de gênero e precariza diretamente os direitos das mulheres.

Essa análise foi feita durante o Café com Mulheres, da APUFPR-SSind, realizado ontem (8), Dia Internacional da Mulher, no pátio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“O cenário é muito desfavorável a nós, mulheres”, analisou a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no estado do Paraná (Sinditest-PR) Mariane Siqueira.

Para ela, movimentos de extrema direita têm se fortalecido no mundo todo, propondo retrocessos nos direitos das mulheres e limitando o papel delas apenas como mães e donas de casa.

IMG_01421No Brasil, não é diferente. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata da Reforma da Previdência, iguala a idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres para 65 anos de idade, além do aumento do tempo mínimo de contribuição, que passará de 15 para 25 anos.

De acordo com a assessora jurídica da APUFPR-SSind Andrea Kessler Gonçalves Volcov, dados revelam que, a cada 100 aposentadorias por tempo de contribuição, apenas 33 são de mulheres. Para ela, isso se deve às grandes responsabilidades que ainda recaem sobre o sexo feminino, como a maternidade, as tarefas domésticas e o cuidado com os idosos.

Nesse sentido, igualar a idade mínima para aposentadoria não é uma justiça para igualdade de gênero, já que a realidade ainda é desfavorável para as mulheres. De acordo com Volcov, não adianta utilizar de um argumento teórico para igualar a idade, quando a realidade está muito distante daquele ideal.

IMG_05021Greve Internacional de Mulheres

Após o Café com Mulheres, as participantes seguiram em caminhada até a praça Santos Andrade, onde se encontraram com centenas de outras mulheres mobilizadas para a Greve Internacional de Mulheres.

Cerca de cinco mil pessoas participaram da mobilização, que ocorreu em Curitiba, em diversas cidades do Brasil e em mais de 40 países.

Com cartazes, faixas e adesivos, as mulheres reivindicaram igualdade de gênero e o fim do feminicídio. As manifestantes também se posicionaram contra as reformas trabalhista e previdenciária.

Da praça, as mulheres seguiram em marcha até a Boca Maldita, onde puderam participar de atividades culturais.

Fonte: APUFPR-SSind


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