MTST ocupa Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocupou na manhã desta quinta-feira (19) a sede da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), localizada na região central de São Paulo, em resposta ao despejo violento e desumano da ocupação Colonial na zona Leste de São Paulo na terça-feira (17), que resultou também na prisão arbitrária do coordenador do movimento Guilherme Boulos e do morador da comunidade Colonial, José Ferreira.

De acordo com o MTST, o ato também reivindica a regularização de terrenos ocupados para que possam ser destinados a moradia, além da participação do movimento em reuniões de conciliação com os proprietários dos terrenos. “Iremos cobrar o cumprimento dos compromissos pendentes com a Secretaria de Habitação dos projetos habitacionais do movimento, como Roque Valente, em Embu das Artes, Oziel Alves, em Mauá, e as demandas da ocupação Povo Sem Medo do Embu e Povo Sem Medo do Capão, zona sul de São Paulo”, diz a nota.

Ainda nesta quinta-feira, o MTST convoca a população para um grande ato na sede do Sindicatos dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), na Praça da República, “Contra os Despejos! Lutar Não é Crime!”. O ato ainda será uma denúncia as prisões e criminalização das lutas sociais, e arrecadará doações para as famílias despejadas da ocupação Colonial.

Despejo da Ocupação Colonial

No dia 17 de janeiro, a ocupação Colonial localizada no bairro São Mateus, na zona leste de São Paulo, foi desocupada de forma violenta pela Polícia Militar, com bombas de gás lacrimogêneo e de pimenta, contra os moradores para retirá-los de suas casas. Cerca de 3 mil pessoas, reunidas em 700 famílias, estava no local há mais de um ano. No momento do despejo, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi preso, por “desobediência civil” e levado para o 49ª DP da capital paulista.

Em comunicado, o MTST classificou a prisão de “verdadeiro absurdo” e afirmou que Boulos “esteve o tempo todo procurando uma mediação para o conflito”. “Não aceitaremos calados que além de massacrem o povo da ocupação Colonial, jogando-os nas ruas, ainda querem prender quem tentou o tempo todo e de forma pacífica ajudá-los”, afirmou o movimento na nota. No mesmo dia, a diretoria do ANDES-SN divulgou uma nota na qual repudia a prisão e exige a imediata libertação do coordenador do MTST e em solidariedade aos trabalhadores que têm o seu direito à moradia negado e são violentamente reprimidos por lutar pela vida.

Com informações de MTST

Fonte: ANDES-SN


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