Metroviários de SP fazem greve contra privatização de linhas

Os metroviários de São Paulo realizaram, nesta quinta-feira (18), uma greve de um dia contra a privatização das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do metrô paulista. Com forte adesão e grande apoio popular, a greve conseguiu derrubar na justiça o leilão de privatização das linhas. O resultado do leilão seria divulgado na sexta (19) pelo governo de São Paulo, que esperava arrecadar 0,5% do valor investido na construção das linhas.

O Sindicato dos Metroviários de SP denuncia os prejuízos, à população, com a privatização e, também, graves irregularidades em todo o processo, direcionado para beneficiar a concessionária CCR. “Nossa greve é contra a destruição do sistema público do metrô de SP. Estamos denunciando que o governo Alckmin e a direção da empresa vão abrir o resultado do leilão em que o vencedor será a CCR, empresa que tem por trás a Andrade Gutierrez e a Camargo Correia, empreiteiras afundadas em esquemas de corrupção. A Camargo Correia, inclusive, já é denunciada por um esquema de corrupção no próprio Metrô”, explicou o coordenador geral do Sindicato dos Metroviários, Raimundo Cordeiro.

“Se essa privatização se concretizar, significará a destruição da empresa pública de metrô para entregá-lo às concessionárias privadas que só pensam no lucro. Com isso, a tarifa vai aumentar, os problemas de segurança, falhas e panes também. Quem perderá é a população, os 4 milhões e meio de usuários diários do Metrô”, completou Cordeiro.

Vitória

Uma ação movida na justiça, de forma conjunta entre trabalhadores em greve do metrô, Fenametro e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), conseguiu derrubar o leilão de privatização do metrô. Em seu despacho, divulgado na tarde desta quinta, o juiz responsável pela decisão afirma que “o valor mínimo da outorga dos serviços de operação, manutenção, requalificação e expansão do transporte metroviário das linhas 4-Lilás e 17-Ouro, em torno de R$ 180 milhões, mostra-se muito baixo, à vista dos custos das obras de construção das mesmas linhas, nos últimos quatro anos, em torno de R$ 7 bilhões, ou seja, aproximadamente 3% do custo financeiro de construção das linhas”.

Com informações de CSP-Conlutas e Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Imagem de CSP-Conlutas.

Fonte: ANDES-SN


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