Manifesto contra a criminalização dos estudantes que ocuparam a UTFPR e dos servidores públicos que atuaram na mediação da ocupação

6 de setembro de 2017

shutterstock_425037271Durante o ano de 2016 houve um histórico movimento de ocupação de escolas no Brasil. Em especial no estado do Paraná, mais de 1000 escolas foram ocupadas. Reivindicações legítimas foram apresentadas pelos estudantes, questionando o desmonte das políticas públicas educacionais e as práticas de precarização do ensino implementadas através de decisões arbitrárias/autoritárias, bem como, denunciou-se a grave crise política e institucional em curso no país, que resultou, por exemplo, no congelamento dos investimentos nas áreas sociais pelo período de 20 anos, enquanto vastas quantias de dinheiro público são destinadas para os grupos que detém uma situação hegemônica (política e economicamente) no país.  O mesmo processo de ocupação ocorreu na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR.  Porém, neste momento a atual reitoria e o diretor-geral do Campus da UTFPR/Curitiba decidiram criminalizar o movimento de ocupação, implementando um grave processo de perseguição aos estudantes e também aos servidores que mediaram os conflitos oriundos desta ocupação. De forma arbitrária, em período recente foram publicadas seis portarias, com os números 130, 308, 309, 310, 311 e 324 (http://www.utfpr.edu.br/curitiba/estrutura-universitaria/gabinete-do-diretor-geral/portarias/2017), em que o diretor-geral da UTFPR, campus Curitiba, Sr. Cezar Augusto Romano, com anuência do reitor Sr. Luiz Alberto Pilatti e de sua equipe, promove uma série de sindicâncias internas visando criminalizar e punir os estudantes e também os servidores que mediaram o processo de ocupação. Existe a eminência de serem aplicadas graves punições a um coletivo que de forma legitima fazia reivindicações – em um contexto autoritário de país, em que poucas alternativas existem para que as reivindicações sejam ouvidas pelos movimentos sociais – e constrangimentos de toda ordem já começam a ocorrer, como o cerceamento de estudantes de colarem grau e o não acesso dos estudantes a sistemas acadêmicos (a exemplo do portal de alunos, em que aparece uma ampla tarja vermelha limitando o acesso).
Mediante este grave contexto de perseguição dos movimentos sociais, solicitamos:

Opção 1) Que as organizações encaminhem Moção de Repúdio a estas ações arbitrárias e anti-democráticas à Reitoria da UTFPR ([email protected]), para o diretor-geral da UTFPR, campus Curitiba ([email protected]; [email protected]), com cópia para o Sindicato e DCE ([email protected]; [email protected];).

Opção 2) assinar a carta, como forma de repúdio, para tais ações arbitrárias, enviando cópia apenas ao sindicato e DCE ([email protected]; [email protected]).

Opção 3) Escreva textos em jornais, revistas e sites denunciando a perseguição dos estudantes e servidores da UTFPR em decorrência do processo de ocupação;
Curitiba, 01 de setembro de 2017
Coletivo de estudantes e servidores da UTFPR
Em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade e da transformação social


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