Manifesto chapa 1: Unidade e Autonomia para lutar

10 de abril de 2019

UNIDADE E AUTONOMIA PARA LUTAR
 
Nós, da chapa Unidade e Autonomia Para Lutar, apresentamos nossa candidatura à próxima diretoria da APUFPR-SSind.
Os tempos são difíceis e exigem de nós, docentes, a disposição para fortalecer a luta por uma universidade pública, gratuita, democrática, de qualidade, laica, e por uma sociedade justa e igualitária.
A educação pública e os direitos sociais (previdência, saúde, assistência social, entre outros), ainda que limitados, no caso brasileiro, não são caridade ou privilégios ofertados pelos governantes. São resultado da luta da população brasileira, incluindo os servidores públicos que, com sua atividade cotidiana, contribuem para reduzir as desigualdades sociais em uma sociedade tão injusta.
Somos nós, professoras e professores, em conjunto com técnico-administrativos e estudantes que, a despeito das condições degradantes de trabalho, das salas lotadas, dos laboratórios insuficientes e dos cortes de recursos, construímos a educação e a ciência voltadas aos interesses da maioria da população. Mais do que nunca, trata-se de defender esse patrimônio.
O projeto governamental em andamento ataca a previdência pública, ampliando a idade mínima e o tempo de contribuição, bem como reduz os valores da aposentadoria e entrega as contribuições das/os trabalhadoras/es ao sistema financeiro por meio dos fundos de capitalização, excluindo, assim, milhões de pessoas do acesso à proteção social. Essa política aprofunda, ainda, progressivamente os cortes na educação, inviabilizando a docência, a pesquisa e a extensão.
Como se não bastasse, o projeto de lei “Escola Sem Partido” elimina a liberdade de cátedra, ferindo o exercício da autonomia intelectual de professoras e professores.
Nossa dedicação individual como docentes ao fomento de uma educação de qualidade é fundamental. Em condições cada vez mais difíceis, entretanto, é insuficiente. Somente o engajamento em iniciativas e lutas coletivas poderá garantir que o direito à educação pública e gratuita de qualidade perdure e se amplie.
Mais do que alguns colegas membros de uma diretoria, o sindicato é um sujeito coletivo, que deve expressar e organizar os anseios das/dos docentes. Organizar a luta pelos interesses comuns exige, como pressuposto, o exercício da autonomia.
A chapa Unidade e Autonomia para Lutar não possui vinculação alguma com governos, reitoria, candidaturas à reitoria, ou partidos políticos. Não pretendemos fazer pelas/pelos docentes, mas com as/os docentes. Nos colocamos à disposição para construir as lutas em conjunto com todas/os que defendam a universidade pública, os direitos das/dos docentes, os direitos sociais e as liberdades democráticas.
Porém, defenderemos também a entidade sindical das iniciativas que buscam atrelá-la a interesses eleitorais e pessoais.
Por uma universidade pública, gratuita, de qualidade, laica e voltada aos interesses da maioria da população!
Chapa Unidade e Autonomia Para Lutar
 
Conheça a Chapa 1 – Unidade e Autonomia para Lutar
Presidente: Sandra Mara Alessi — Setor de Ciências da Saúde
Vice-presidente: José Ricardo Vargas de Faria — Setor de Tecnologia
Secretário-geral: Rogério Miranda Gomes — Setor de Ciências da Saúde
Primeiro-secretário: Eduardo Chemas Hindi — Setor de Ciências da Terra
Tesoureiro-geral: Afonso Takao Murata — Setor de Ciências Agrárias
Primeiro-tesoureiro: Bruno Peixoto Carvalho — Setor de Ciências Humanas
Diretor administrativo: Geraldo Balduíno Horn — Setor de Educação
Diretora cultural: Margarete Araújo Teles — Setor de Ciências Humanas
Diretora de esportes: Marise Fonseca dos Santos — Setor Palotina
Diretor de imprensa: Lafaiete Santos Neves — Setor de Ciências Sociais Aplicadas
Diretor jurídico: Allan Kardec de Lima — Setor de Ciências da Saúde
Diretor social: Derivan Brito da Silva — Setor de Ciências da Saúde
 
Junto aos outros segmentos da universidade, faremos uma grande luta unificada contra:

  • a Reforma da Previdência da PEC 6/2019, que retira direitos e reduz benefícios de aposentadoria e pensão da categoria docente;
  • a implementação das políticas federais de cortes de gastos, que comprometem as condições para o exercício da docência e os trabalhos de pesquisa e extensão;
  • a retirada de direitos trabalhistas, sociais e liberdades democráticas;
  • os ataques governamentais e judiciais que tenham o objetivo de cercear a gestão financeira e político-pedagógica da universidade;
  • a sobrecarga de trabalho docente, que adoece e prejudica a nossa categoria.

 
E estaremos mobilizados por reivindicações históricas dos docentes da UFPR, como:

  • pelo regime de Dedicação Exclusiva (DE) como prioridade para todos os docentes, repudiando qualquer restrição, flexibilização ou supressão do regime DE na UFPR;
  • pelo estabelecimento, na UFPR, de uma política de qualificação e valorização do corpo docente em todas as suas dimensões da vida acadêmica e não apenas restrita à produção quantitativa de publicações científicas;
  • pela construção e implementação de uma política de prevenção, promoção e segurança no trabalho no âmbito da UFPR.

 
Uma APUFPR-SSind propositiva e resolutiva só pode ser construída coletivamente, com unidade e autonomia para lutar!


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