Mais de 20 mil trabalhadores se reúnem no 1º de maio em Curitiba

3 de maio de 2018

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A terça-feira, dia 1º de maio de 2018, tornou-se um marco histórico na luta por direitos. Nessa data, mais de 20 mil pessoas tomaram a Praça Santos Andrade, conhecida por abrigar o Prédio Histórico da UFPR, em Curitiba, para resistir aos ataques à classe trabalhadora orquestrados pelo governo do presidente Michel Temer. Foi a primeira vez desde a redemocratização do Brasil, na década de 80, que as principais centrais sindicais se uniram para organizar um ato único no Dia do Trabalhador.

A manifestação foi marcada pelo repúdio às reformas propostas pelo Governo Federal. Entre as bandeiras defendidas, estava também a manutenção da política de valorização do salário-mínimo, incluindo a indexação dos reajustes aos benefícios sociais – prática suspensa pelo documento Uma Ponte para o Futuro, que rege as diretrizes da atual gestão.

Também foi protagonista dos gritos de ordem entoados durante o ato a necessidade de criar e estabelecer políticas públicas para geração de emprego e renda ante os 13 milhões de desempregados e 12 milhões de subocupados que existem no país atualmente.

Lideranças políticas e de movimentos sociais encabeçaram os discursos, sempre bradando a luta pela democracia e a resistência substancial dos trabalhadores brasileiros.

Artistas também endossaram o evento com apresentações musicais e discursos. Entre os cantores, compareceram Flávio Renegado, Beth Carvalho e Ana Cañas, última a se apresentar. A atriz Lucélia Santos fez um discurso em defesa das instituições democráticas.

1º de maio: luta, articulação e resistência

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Mais que um feriado, o Dia do Trabalhador tem a política em seu código genético. A data ficou marcada no ano de 1886, quando milhares de pessoas ocuparam as ruas de Chicago, nos Estados Unidos, pedindo a redução da jornada diária de trabalho de 13 para oito horas. No mesmo dia, foi instituída uma greve geral no país. Os protestos culminaram na morte de 18 pessoas – 12 delas manifestantes vítimas da força policial.

No Brasil, o dia 1º de maio foi oficialmente instituído como Dia do Trabalhador em 1925 pelo na época presidente Arthur Bernardes. Desde então, mudanças importantes na legislação trabalhista têm sido implantadas nessa data. Em 1940, por exemplo, Getúlio Vargas instituiu o salário-mínimo; já em 1941, foi criada a Justiça do Trabalho.

O presidente do APUFPR-SSind, Herrmann Vinícius de Oliveira Muller, defendeu que é essencial respeitar o caráter político do dia 1º de maio. “O que a classe trabalhadora não pode esquecer ao ver essa data no calendário é o que ela significa: a promessa de que sempre resistiremos a abusos de poder, institucionais e patronais”, lembrou.

Fonte: APUFPR-SSind


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