Live da APUFPR recebe Pedro Hallal, epidemiologista perseguido por Bolsonaro por mostrar que poderíamos ter evitado centenas de milhares de mortes na pandemia

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Dando continuidade à organização de debates sobre temas que impactam a realidade brasileira atual, a APUFPR organizará mais uma live no dia 13 de outubro com o tema “Universidade e Pandemia”. Teremos como convidado especial um dos principais especialistas na pandemia de Covid-19 no Brasil, o epidemiologista Pedro Hallal, ex-reitor da UFPel e coordenador da Epicovid-19, um dos estudos mais completos sobre os impactos da doença aqui no Brasil.

A transmissão começa às 19h no Facebook (clique na estrelinha para ativar o lembrete) e no YouTube (clique no sininho para receber o lembrete) da APUFPR.

Teremos também a participação do docente Emanuel Maltempi de Souza, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, que é presidente da Comissão de Enfrentamento e Prevenção à Covid-19 da UFPR e um dos pesquisadores responsáveis pela vacina que está sendo desenvolvida pela nossa Universidade. A mediação será feita pela professora e pesquisadora Andréa Stinghen, vice-presidente da APUFPR.

 

Perseguição

Professor da Escola Superior de Educação Física e dos programas de pós-graduação em Educação Física e Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), onde foi reitor entre 2017 e 2020 (o mais jovem a dirigir uma instituição de ensino superior federal no Brasil), Pedro Rodrigues Curi Hallal é colunista da Folha de S.Paulo e editor-chefe do Journal of Physical Activity and Health.

Hallal vem sendo perseguido pelo presidente Jair Bolsonaro e por sua base extremista por causa dos resultados reveladores do Epicovid-19, que mostrou que 4 a cada 5 mortes por Covid-19 poderiam ter sido evitadas se o Brasil tivesse mantido a média mundial, mas que isso só teria acontecido se o governo brasileiro tivesse agido completamente diferente na condução da pandemia.

Em seu depoimento durante sessão da CPI do Genocídio (CPI da Pandemia) no Senado, Hallal mostrou que poderíamos ter evitado centenas de milhares de mortes se houvesse rastreamento e testagem em massa, se o governo não tivesse atrasado a aquisição e desestimulado a vacinação, se não tivesse desestimulado o uso de máscara, se não tivesse adotado a abordagem clínica no lugar da abordagem epidemiológica, além da ausência de liderança do Ministério da Saúde e, principalmente, a falta de uma comunicação unificada – que estimulasse o uso de máscaras, isolamento e proteção, por exemplo.

Por ter criticado Jair Bolsonaro durante uma live na UFPel, Hallal foi novamente perseguido pelo governo e pela Controladoria Geral da União (CGU) – estimulada por um deputado federal bolsonarista (Bilbo Nunes, que gosta de alugar BMW de uma empresa que pertence a um assessor presidencial).

As perseguições a Hallal foram peças importante no levantamento dos casos de perseguição do governo de Jair Bolsonaro contra críticos e opositores, e que depois culminaram no Projeto de Lei (PL) 2.108/2021 que enterrou a Lei de Segurança Nacional (LSN, um entulho da ditadura que voltou a ser usado por Bolsonaro). O PL foi fruto de outro projeto que estava parado desde 1991, e incluiu na legislação crimes contra o Estado Democrático de Direito.

Quer saber mais sobre a atuação dos nossos convidados e conversar sobre o papel das universidades públicas nesse cenário atual? Então anote na sua agenda a nossa live do dia 13 de outubro e participe! Sua contribuição será muito importante!

 

Fonte: APUFPR


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