Greve geral parou o país. Docentes participaram ativamente

2 de maio de 2017

GreveGeral_28deAbril_CuritibaO Brasil parou em 28 de abril, no protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista – em curso no Congresso Nacional – e também contra a Lei das Terceirizações, sancionada em março pelo presidente Michel Temer. Em Curitiba, cerca de 50 mil pessoas foram às ruas para protestar contra a retirada de direitos dos trabalhadores e na defesa do futuro do país.

O principal ato se concentrou na Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico, e reuniu diversas categorias. Os manifestantes caminharam até a sede da FIEP e, em seguida, até a Praça Tiradentes, onde o  arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo, fez um pronunciamento.

De acordo com o primeiro tesoureiro da APUFPR-SSind, Herrmann Vinícius de Oliveira Muller, A Greve Geral é um avanço histórico para a luta dos trabalhadores. “Depois de muito tempo conseguimos juntar todas as centrais sindicais em uma pauta única, ou seja, o dia 28 de abril representa essa unidade contra essas reformas do governo”, explicou.

Esta paralisação foi a maior Greve Geral do século. Mais de 40 milhões de pessoas não foram trabalhar em todo o Brasil. “Nós temos que parar o país para refletir sobre o processo que estamos vivendo atualmente e ver os reais riscos da Reforma, e não somente o que é dito via mídia e via governo”, afirmou Muller.

Para a diretora de imprensa da APUFPR-SSind, Milena Maria da Costa Martinez, o ato de 28 de abril foi um dos mais importantes no novo cenário da política brasileira. “A retirada de direitos está sendo tão violenta e tão grande que a população resolveu se mobilizar.”

Os impactos das contrarreformas do governo afetam todos os trabalhadores, sejam eles do serviço público ou da iniciativa privada. “Os direitos que nós conquistamos ao longo dos últimos 50 anos foram jogados fora numa canetada só. Os docentes da universidade têm a obrigação de fazer uma crítica séria com relação ao atual momento político e sair em defesa de todos os trabalhadores”, afirmou Milena.

Herrmann lembrou que a aprovação das reformas Trabalhista e Previdenciária terão impactos severos na vida dos docentes e na estrutura da universidade pública e gratuita. “Os cortes e as reformas afetam consideravelmente a entrada de novos estudantes e, também, a formação deles, visto que a qualidade do ensino será penalizada”.

Para a diretoria da APUFPR-SSind, a luta contra a retirada de direitos deve continuar e ganhar ainda mais força. Somente a pressão popular será capaz de mudar a correlação de forças no Congresso Nacional, impedindo que os parlamentares votem as medidas que comprometem o futuro da classe trabalhadora.

40 milhões de brasileiros aderiram à Greve Geral em todo o país

GreveGeral_Curitiba_28deabrilDiversas categorias participaram dos protestos de 28 de abril em todo o país. Cerca de 40 milhões de brasileiros não foram trabalhar neste dia de protesto contra as reformas Trabalhista e Previdenciária, e contra outras medidas do governo que retiram direitos dos trabalhadores. Em 15 de março, o país já tinha se manifestado contra essas medidas.

A paralisação de 28 de abril aconteceu 100 anos após a primeira Greve Geral. A primeira paralisação, em 1917, integrou o movimento que conseguiu a aprovação da legislação trabalhista, que garantiu direitos hoje ameaçados pelo governo Temer. Nos últimos cem anos, o Brasil teve outras greves gerais, além da de 1917. Em 1983, no período da ditadura militar; em 1986 e em 1989, contra o congelamento de salários e outras medidas.

Fonte: APUFPR-SSind


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