Greve Geral: mais de 45 milhões aderem movimento em defesa da seguridade social

17 de junho de 2019

O dia 14 de junho foi uma data de luta e mobilização em mais de 300 cidades brasileiras. Pelo menos 45 milhões de trabalhadores em todo o país não compareceram ao trabalho, em luta contra a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Federal.

Em dia de Greve Geral, os docentes da UFPR também deixaram as salas de aula e as atividades de pesquisa e extensão para defender, nas ruas, a continuidade delas. Além da luta pela Previdência e pelo tripé da seguridade social – também composto pela assistência social e saúde pública – os professores da Universidade se somaram ao movimento para defender a pauta da educação.

Ao lado de servidores técnico-administrativos e estudantes, a categoria ergueu a voz para denunciar o projeto de desmonte da educação pública, gratuita e de qualidade, que tem sido colocado em prática com cortes orçamentários arbitrários que afetam as instituições federais de ensino superior e, sobretudo, os programas de pesquisa.

De acordo com o presidente da APUFPR-SSind, Paulo Vieira Neto, a categoria também decidiu pela adesão à Greve em defesa de pautas que afetam toda a sociedade, como o alto índice de desempregos. “O que nós estamos cobrando do Governo Federal é uma defesa dos direitos dos trabalhadores. A nossa pauta é a pauta de todos os cidadãos”, explicou.

Dia de mobilização

No fim da manhã, docentes começaram a chegar ao pátio do campus Reitoria, onde se concentraram junto a servidores técnico-administrativos e estudantes. Cartazes espalhados pelos muros informavam à população que as atividades da comunidade acadêmica estavam paralisadas em defesa da Previdência Social de todos os brasileiros.

Por volta das 13h, todos que vivenciam e defendem a Universidade saíram em uma caminhada denominada Marcha da Educação, que tomou as ruas da cidade denunciando os impactos dos cortes orçamentários impostos pelo Governo Federal e pelo governo estadual. A previsão é que a UFPR interrompa suas atividades a partir do final de agosto, incluindo os serviços que são oferecidos à comunidade externa e pesquisas que beneficiam toda a sociedade.

A manifestação em defesa do projeto educacional público, gratuito e de qualidade seguiu até o prédio histórico, na Praça Santos Andrade, onde milhares de trabalhadores de dezenas de categorias já chegavam para protestar contra as ameaças aos direitos constitucionais.

Os manifestantes saíram em passeata pelo centro, passando pelas ruas Marechal Floriano Peixoto e XV de Novembro até chegar na Boca Maldita. Durante todo o trajeto, os trabalhadores também reforçaram a defesa da democracia e da legislação trabalhista, dois princípios que também estão ameaçados na atual conjuntura.

Repressão e violência

Manifestantes que protestavam contra a Reforma da Previdência foram vítimas da repressão policial e do ódio ideológico em algumas cidades.

Em Foz do Iguaçu, uma docente da Unila foi atingida por bala de borracha e teve que ser hospitalizada. Em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, um manifestante levou um tiro de bala de borracha no rosto e ficou gravemente ferido.

Em Niterói, no Rio de Janeiro, um motorista que não concordava com os protestos atropelou propositadamente manifestantes, entre eles a docente Marinalva Oliveira, ex-presidente do ANDES-SN, uma professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e dois estudantes.

Confira como foi a greve geral:

Fonte: APUFPR-SSind


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