Governo do Paraná anuncia cortes nas universidades estaduais

30 de março de 2017

imp-ult-1074951884Houve recuo no corte de professores substitutos, mas os cortes em custeio se mantêm

O governo do Paraná enviou, na sexta-feira (24), ofícios às reitorias das sete universidades estaduais, nos quais anunciava cortes na oferta de vagas de professores substitutos para o ano letivo de 2017. A forte reação contrária aos cortes, que, em média, representavam 50% das vagas de substitutos nas universidades, no entanto, fez o governo recuar e liberar a contratação de docentes para trabalhar 55 mil horas/aula. A nova medida, entretanto, apenas transfere os cortes para verbas de custeio e outros investimentos.

Mary Falcão, 2ª vice-presidente da Regional Sul do ANDES-SN, critica as medidas do governo paranaense. “Primeiro, o governador anunciou os cortes de quase 50% das vagas de professores substitutos, o que praticamente inviabilizaria atividades de pesquisa e extensão, além de forçar as universidades a fecharem alguns cursos. Ao mesmo tempo, o governo não abre concursos públicos”, afirma.

“Já no final da noite de terça (28), o governo voltou atrás, e abriu vagas para 55 mil/horas aula. Mas, na verdade, é uma jogada política, porque houve grande pressão, mas os cortes não acabaram, eles apenas foram transferidos para verbas de custeio, de pagamentos de licenças, além de transformar o pagamento do regime de Dedicação Exclusiva em gratificação”, critica Mary Falcão.

De acordo com a diretora do ANDES-SN, a liberação da contratação de docentes temporários não resolve os nossos problemas das instituições. “Há outras medidas que afrontam a autonomia universitária e atacam os direitos dos servidores técnico-administrativos e docentes que não foram revogadas. Nossa luta continua até o governo revogar todas as medidas que põem em risco o futuro das universidades paranaenses”, completa a diretora do ANDES-SN.

Em resposta às medidas anunciadas pelo governador, as Seções Sindicais do ANDES-SN nas universidades estaduais do Paraná realizarão assembleias gerais a partir desta quarta (29), para debater e organizar a mobilização necessária para barrar os cortes.

Com informações de Sindunespar-SSind e Sinduepg-SSind. Imagem de GGN.

Fonte: ANDES-SN


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