Governo ataca Uern novamente: aposentados não recebem salários de Janeiro

O governo do Rio Grande do Norte atacou mais uma vez os servidores e servidoras da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). Docentes aposentados e aposentadas da universidade não receberam os salários referentes ao mês de janeiro, diferentemente do restante da categoria, que teve os vencimentos depositados na manhã desta terça-feira (27). 

A investida do governo surpreendeu a diretoria da Associação dos docentes da Uern (Aduern Seção Sindical do ANDES-SN), uma vez que o executivo estadual  atestou, durante reunião na manhã de ontem (segunda, 26), que as mudanças na situação dos inativos, que saíram da folha de pagamento da universidade e foram transferidos para o Instituto de Previdência do RN (IPERN), não alteraria em nada na vida dos aposentados e aposentadas.

A Aduern SSind. buscou informações junto ao setor responsável pela folha de pagamento da universidade, que confirmou o atraso nos vencimentos. De acordo com o setor, os aposentados devem receber amanhã (28).

Para a direção da Aduern SSind., a diferença na data de pagamento entre  ativos e inativos quebra por completo a isonomia dentro da instituição, uma vez que a categoria de docentes universitários é uma só. O sindicato vem alertando desde 2017 sobre os perigos acarretados pela mudança da folha dos inativos para o IPERN.

O governo vetou a emenda do deputado George Soares (PR) que garantia a permanência dos aposentados na folha. O veto agora volta para o plenário para ser rediscutido pelos parlamentares. De acordo com a presidente da Aduern SSind., Rivânia Moura, a luta pela manutenção da emenda que garante a permanência dos inativos na folha continua e é uma importante pauta do movimento grevista.

“Temos encampado a luta pela manutenção dos aposentados desde antes do início da greve e incluímos esta demanda entre nossos 8 pontos de reivindicação. Defendemos a permanência dos inativos na folha por que temos conhecimento de várias experiências, em outras universidades, em que isso foi extremamente nocivo e viabilizou a retirada de diretos. Além disso, lutamos pelo respeito e consideração àqueles e àquelas que construíram a história de nossa universidade. Não vamos abandonar os aposentados até porque a luta deles é a nossa luta também”, afirmou.

Governo não apresenta proposta

Em reunião realizada nessa segunda (26), entre representantes do governo, dos docentes, dos técnico-administrativos, dos estudantes e da administração da Uern, não houve nenhum avanço nas negociações para regularização dos salários atrasados e um calendário para os pagamentos futuros. Enquanto o governo criticou a greve dos servidores da Uern, representantes da comunidade acadêmica e da reitoria foram taxativos em defender o movimento grevista e reafirmaram a impossibilidade de retomar as atividades na universidade.

Fonte: Aduern-SSind


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