Governo abre diálogo sobre reajustes salariais e mostra diferença no trato com servidores federais

16 de janeiro de 2023
Governo abre diálogo sobre reajustes salariais

Aclamado por centenas de milhares de pessoas em Brasília, Luiz Inácio Lula da Silva foi empossado para seu terceiro mandato presidencial em 1º de janeiro, em uma emocionante cerimônia que contou com a presença de diretores da APUFPR e de muitos docentes da UFPR.

Articulada a outros movimentos sociais e entidades sindicais nacionais como o ANDES-SN e o Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais (Fonasefe), a APUFPR está agora trabalhando para que o funcionalismo público federal possa ter, já em 2023, uma recomposição salarial que aponte para o fim da desvalorização imposta nos últimos anos.

As movimentações e negociações começaram antes mesmo da posse oficial do novo governo, e têm sido conduzidas sobretudo pela nova ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que anunciou a criação de uma mesa permanente de negociação com o funcionalismo federal.

Enquanto o governo Bolsonaro passou seus 4 anos sabotando os serviços públicos, negando qualquer tipo de reajuste salarial e atacando os servidores (quem não se lembra do termo “granada no bolso”, usado pelo ex-ministro Paulo Guedes ao comemorar maldades contra o funcionalismo federal?), o novo governo aponta para um caminho diferente: o do diálogo e da valorização.

A própria criação de um ministério para a gestão dos serviços públicos, desmembrado do Ministério da Economia, indica que os servidores não serão mais tratados apenas como números e despesas, como vinha ocorrendo no governo anterior.

Prioridades

Além da instalação da mesa de negociações, a ministra Esther Dweck sinalizou ainda, em entrevista, que o governo tem margem orçamentária para reajustes em 2023 e que esta definição deve ocorrer em breve.

O percentual de reajuste previsto no orçamento de 2023, elaborado ainda no governo de Jair Bolsonaro, não foi um negociado com o funcionalismo e é considerado insuficiente frente à desvalorização ocorrida durante toda a última gestão.

Nos quatro anos de governo Bolsonaro, não houve negociações sobre a pauta salarial e nenhum outro assunto em benefício dos serviços públicos e de seus servidores, que tiveram perdas salariais de 27% no período.

Outra pauta importante para os servidores públicos brasileiros é o arquivamento definitivo da PEC 32/2020 do governo Bolsonaro, que estabelecia a Reforma Administrativa. Barrado por causa da mobilização do funcionalismo e dos movimentos sociais, o projeto precisa ser definitivamente arquivado.

 

Fonte: APUFPR

 


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