Fundo de solidariedade aos docentes das Estaduais do RJ é avaliado positivamente

37º Congresso do ANDES-SN deliberou pela nacionalização do fundo

Em junho de 2017, conforme deliberação do 36º Congresso do ANDES-SN, o Sindicato Nacional criou um fundo de solidariedade aos docentes das universidades estaduais do Rio de Janeiro por conta do atraso do pagamento de seus salários. Agora, diante da possibilidade da normalização dos pagamentos no mês de março, os docentes fluminenses preparam uma campanha de devolução dos valores e avaliam positivamente a ação.

A entidade criou uma conta para receber doações e distribuir o dinheiro entre os docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e da Universidade Estadual da Zona Oeste (Uezo) que solicitaram o recurso. Os repasses, de até R$ 1200, ajudaram aqueles que enfrentavam dificuldades financeiras pelo atraso e não pagamento de seus salários.  

Rosineide Freitas, membro do Conselho de Representantes da Associação dos Docentes da Uerj (Asduerj – Seção Sindical do ANDES-SN), é uma das responsáveis pela administração do fundo. Para ela, a iniciativa foi positiva e demonstrou o potencial da solidariedade de classe. “Os docentes estavam com contas atrasadas, convivendo com cortes de luz e o fundo foi fundamental para a categoria perceber que não está sozinha na luta”, avalia Rosineide.

“Além de ser importante subjetivamente, o fundo foi importante objetivamente para a vida dos docentes. O repasse financeiro solidário a docentes com salários atrasados por meses não é algo menor na vida das pessoas”, completa a docente da Uerj. Segundo Rosineide, caso os pagamentos sejam normalizados pelo governo do Rio de Janeiro no mês de março será iniciada uma campanha de devolução do dinheiro ao fundo, que agora tem caráter nacional. 

Essa foi uma decisão do 37º Congresso do ANDES-SN, realizado em janeiro na cidade de Salvador (BA), e que pode beneficiar docentes de outros estados que convivem com o atraso no pagamento dos salários. A iniciativa passa a se chamar Fundo Nacional Permanente de Solidariedade aos Docentes, e servirá para apoiar aqueles que estejam com salários atrasados há mais de sessenta dias. 

Rosineide Freitas considera importante a nacionalização do fundo e ressalta que uma prestação de contas será feita, em breve, pelos responsáveis pelo fundo do Rio de Janeiro. “Os ataques às universidades estaduais são uma realidade em todo do país e é importante que haja esse fundo nacional”, conclui a docente, que acredita que a iniciativa pode ser expandida para fora da categoria docente.

Fonte: ANDES-SN


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