Fórum das Ads cria aplicativo para docente da Bahia calcular arrocho salarial

O Fórum das ADs – que reúne representação das quatro seções sindicais do ANDES-SN nas universidades estaduais da Bahia (Uneb, Uesc, Uesb e Uefs) – criou uma calculadora que estima as perdas em decorrência do não pagamento da reposição inflacionária de 2015 a 2018.

Há mais de três anos, o governo estadual de Rui Costa (PT) não faz o pagamento da reposição inflacionária aos servidores públicos da Bahia. Na prática, os professores, e o funcionalismo público baiano, já enfrentam quase quatro anos de salário congelado. Segundo o Dieese, o prejuízo imposto pelo governo baiano já representa a maior perda salarial dos últimos 20 anos. Está também é a primeira vez, desde 1990, que o movimento docente amarga mais de três anos de congelamento salarial. Para que a categoria visualize o quanto o Estado tem usurpado seus direitos, o Fórum das ADs desenvolveu o aplicativo. Confira aqui a calculadora.

Mobilização
Desde 2017, o movimento docente tenta dialogar com o governo do estado. Atualmente, o governo segue inflexível em suas posições, mesmo com o Fórum das ADs ratificando o compromisso das diretorias em resolver, pela via negociada, as questões que envolvem as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Como resposta ao descaso, os docentes estão com indicativo de greve aprovado.

A pauta de reivindicações 2018 tem como uma das suas principais bandeiras de luta a exigência de reposição integral das perdas inflacionárias, que já ultrapassam 21,1%, defesa dos direitos trabalhistas e das universidades estaduais.

Direitos atacados
Além do arrocho salarial, os docentes das estaduais da Bahia também estão com suas evoluções na carreira docente congeladas. Mais de 200 professores da Uneb, Uesc, Uesb e Uefs estão na fila de espera para progressão ou promoção. Esses foram os dados disponibilizados pelas reitorias das universidades, entre outubro de 2017 e fevereiro de 2018. Na medida em que o problema não é resolvido, as filas seguem crescendo.

O direito à promoção, progressão e mudança de regime de trabalho são assegurados no Estatuto do Magistério Superior da Bahia (LEI nº 8.352/2002). Contudo, o governo fere o Estatuto do Magistério e nega esse direito historicamente conquistado.

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Fonte: ANDES-SN

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