Entidades lançam Frente contra a intervenção federal militar no Rio de Janeiro

Nesta terça-feira (13), acontece o lançamento da Frente Contra a Intervenção Militar Federal no estado do Rio de Janeiro, durante ato público no campus Maracanã da Universidade do Estado do RJ (Uerj). A constituição da frente busca aglutinar uma série de movimentos e organizações civis que vêm se posicionando criticamente com relação ao decreto do presidente Michel Temer, que determina a intervenção federal militarizada na área de segurança do Rio.
A atividade foi convocada pelo ANDES-SN em conjunto com outras entidades que compõem a Frente Nacional em Defesa das Instituições Públicas de Ensino Superior, com o Sindicato dos Profissionais da Educação no estado do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) e a Federação das Favelas do Estado do Rio de Janeiro (Faferj).
O Manifesto contrário à intervenção, que marca o lançamento da frente, ressalta que “ao longo das duas últimas décadas, com o argumento de proteger turistas e garantir a ordem na realização de megaeventos como o Sul Americano, a Copa e as Olimpíadas, o expediente de colocar o Exército nas ruas deixou como saldo o terror e sangue de trabalhadores no chão desta cidade, além de gastos milionários, que poderiam ter sido empregados em saúde, educação integral, lazer, equipamentos culturais”. Confira aqui.
Segundo Lorene Figueiredo, 1ª secretária da Regional Rio de Janeiro do ANDES-SN, a gravidade do momento impôs às entidades a necessidade de se organizar para enfrentar esse processo. “Avaliamos que hoje o Rio de Janeiro é um laboratório para esse modelo de política de controle social. O Rio hoje é o caldeirão social da vez, com todas as reformas ultraliberais vindo ‘a ferro e fogo’ com uma política clara de desmonte dos poucos direitos que ainda restam, os serviços públicos que atendem a classe trabalhadora e com um evidente empobrecimento da população. A política que está sendo imposta é uma política de repressão, de calar os movimentos que se opõem a esse desmonte do estado. Isso obviamente impacta não só para os servidores públicos, mas principalmente e diretamente para os trabalhadores de baixa renda, que ainda precisam desse direitos sociais, mesmo que nas condições precárias que estão colocadas. Acreditamos que esse é um modelo que vai ser testado no Rio de Janeiro e que pode vir a ser usado em caráter nacional”, explica.

“Isso é algo extremamente grave, que ataca o direito dos trabalhadores em vários níveis e exige todo nosso empenho no enfrentamento e na denúncia”, completa Lorene, reforçando a necessidade de que a Frente tenha um caráter amplo e ativo.

Fonte: ANDES – SN


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