Encontro dos Docentes das Universidades Estaduais baianas define paralisação dia 30

Os docentes das quatro universidades estaduais da Bahia (Ueba) – Uneb, Uefs, Uesc e Uesb –, participaram neste fim de semana, 26 a 28 de maio, do XIII Encontro dos Docentes das Ueba na cidade de Ilhéus (BA), realizado pelo Fórum das AD’s, que agrega as seções sindicais do ANDES-SN nas instituições. Sob o tema central “Em defesa dos serviços públicos, da universidade e contra a onda conservadora”, o encontro debateu a educação no estado, os problemas enfrentados pela categoria e apontou rumos para a luta do movimento docente.

O XIII Encontro dos Docentes das Ueba teve início no final da tarde de sexta-feira (26) na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Com o auditório cheio, a primeira mesa abordou a temática central do encontro. As palestrantes Sara Granemann, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Zilmar Averita, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), junto com Luis Eduardo Acosta, 1º vice-presidente do ANDES-SN, falaram sobre a atual conjuntura do país, as contrarreformas da Previdência e Trabalhista e as últimas grandes manifestações protagonizadas pela classe trabalhadora brasileira: a Greve Geral do dia 28 de abril e o Ocupe Brasília, no dia 24 de maio. A mesa contou com a mediação de Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das AD’s.

No sábado (27), durante todo o dia, os docentes se reuniram em grupos de trabalho temáticos “Ajuste fiscal, previdência e financiamento das UEBA”, “Opressões, assédio moral e adoecimento docente” e, por último, a “Ofensiva conservadora e a carreira docente”. No último dia (28), de manhã, ocorreu a plenária final do XIII Encontro. Na ocasião, foram aprovadas resoluções e moções de apoio e repúdio.

José Luiz de França, presidente da Associação dos Docentes da Uesc (Adusc – Seção Sindical do ANDES-SN), que sediou o encontro, avaliou positivamente as discussões do movimento docente das Ueba. “Realizamos esse encontro a cada dois anos, para avaliar a conjuntura e definir um plano de lutas. Em 2017, além da situação caótica pela qual passa o Brasil, também estamos enfrentando duros ataques do governo da Bahia às universidades e aos direitos trabalhistas dos servidores estaduais”, afirma.

“Apresentamos ao governo uma pauta em dezembro de 2015, e não houve avanços. Estamos lutando para que as progressões e promoções sejam realizadas, para que o direito ao adicional de insalubridade deixe de ser negado e também por um reajuste salarial de 30,5%, que reponha as perdas da categoria nos últimos dois anos”, completa José Luiz.

Paralisação nesta terça (30)

A comunidade acadêmica das quatro universidades estaduais baianas (Ueba) paralisará as suas atividades na terça-feira (30), por 24 horas. A paralisação faz parte da Semana de Lutas em Defesa das Universidades Estaduais da Bahia, que ocorre entre os dias 29 de maio e 2 de junho, e foi indicada pelo Fórum das AD´s. Os servidores técnico-administrativos em educação das quatro universidades também participarão da manifestação.

As universidades estaduais da Bahia, Uneb, Uefs, Uesc e Uesb, fecharão os portões e os docentes farão panfletagem e protestos para chamar a atenção da população baiana para a precarização do Ensino Superior Público e os ataques aos direitos trabalhistas promovidos pelo governo Rui Costa (PT).

Entre as reivindicações da categoria docente, estão a reposição inflacionária em 30,5% resultado da soma das perdas ocasionadas pela inflação de 2015 e 2016, acrescido da política de recomposição salarial; o direito as progressões, promoções e alterações de regime de trabalho aos docentes e técnicos que são garantidos pelos Estatutos do Magistério Superior e do Servidor Público da Bahia e que estão parados na Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb). Além disso, reivindicam um maior repasse orçamentário do estado para suprir as demandas das universidades em questões relacionadas a ensino, pesquisa, extensão, investimentos e infraestrutura; a realização de concursos públicos, para a ampliação de vagas a docentes e técnicos e uma política efetiva de permanência estudantil, entre outros.

Com informações de Fórum das ADs, Aduneb–SSind e Adusb–SSind.

Fonte: ANDES-SN


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