Em assembleia geral, docentes decidem criar frente contra intolerância política

tamanho para site-2Na tarde de terça(16), a APUFPR-SSind realizou uma Assembleia Geral Extraordinária para construir estratégias de enfrentamento à onda de intolerância política e à violência que assola o país. O grupo decidiu criar uma frente local para combater essas situações e se posicionar em favor da democracia.

A convocatória foi feita em consonância às orientações do ANDES-SN. O sindicato nacional orientou que todas as seções sindicais do país definissem encaminhamentos locais para o combate a quaisquer ameaças à democracia. As deliberações serão encaminhadas para uma reunião setorial marcada para a próxima quinta-feira (18), em Brasília, onde será definida a formação de uma frente nacional contra condutas antidemocráticas.

Na UFPR, a Assembleia reuniu dezenas de participantes, entre docentes e estudantes. O grupo discutiu a urgência de se adotar medidas práticas e efetivas contra as represálias físicas, morais e institucionais que têm acontecido diariamente nas últimas semanas.

tamanho para siteParte significativa dessas tentativas de cerceamento tem ocorrido exatamente na comunidade acadêmica. Uma delas foi a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) de proibir o Diretório Central dos Estudantes (DCE) de realizar uma reunião ampliada com o tema “#EleNão”. A limitação do debate e a ameaça à liberdade acadêmica foram os principais temas listados pelos docentes que contribuíram com a discussão desenvolvida em Assembleia.

Para o presidente da APUFPR-SSind, Herrmann Vinícius de Oliveira Muller – que dividiu a mesa da assembleia com a secretária-geral da entidade, Sandra Mara Alessi – o tema precisava ser debatido urgentemente, já que a ameaça à livre manifestação política já está em curso. “Tivemos que pensar até mesmo a pauta da assembleia de uma forma que não desse margem para implicações jurídicas. Isso já é uma violência”, afirmou.

Encaminhamentos

tamanho para site-3Foi acordado que o estabelecimento de uma resistência unificada e ferrenha aos ataques à democracia é inadiável. Por isso, a criação da frente foi aprovada por unanimidade. A luta será contínua e irá além do período eleitoral, com uma pluralidade que garanta a representatividade dos principais grupos que estão sendo afetados pela intolerância.

A estratégia também será expandir os debates para garantir que as dinâmicas acadêmicas aconteçam com segurança, e que as denúncias dos episódios de intolerância que estão ocorrendo dentro da universidade sejam amplificadas. Além do enfrentamento, a frente também precisará ter caráter agregador.

A diretoria da APUFPR-SSind estará envolvida na organização da frente, assim como outros cinco docentes que tiveram os nomes aprovados em assembleia.

A expectativa é que a primeira reunião da frente aconteça ainda antes da votação do segundo turno, em data que será confirmada. O encontro será divulgado no site oficial da APUFPR-SSind, assim como na página oficial da entidade no Facebook (facebook.com/apufpr). A primeira reunião da frente acontecerá no dia 22/10 às 19h na sede da APUFPR-SSind.

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Fonte: APUFPR-SSind

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