ELEIÇÕES ANDES-SN: CHAPAS NA DISPUTA, ENTREVISTA COM A CHAPA 1

4 de maio de 2018

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Antônio Gonçalves Filho, candidato à presidência pela chapa 1 (ANDES Autônomo e de Luta), é natural da Bahia e tem 47 anos. Hoje, leciona no Departamento de Medicina II da Universidade Federal do Maranhão. Militante da base da APRUMA-SS há quase 20 anos, integrou a diretoria do ANDES-SN no cargo de primeiro vice-presidente da Regional Nordeste I (2012-2014) e presidiu a APRUMA-SS nas gestões 2014-2016 e 2016-2018. A seu lado, no triunvirato da chapa, estão as professoras Eblin Farage (Aduff ) no cargo de secretária-geral e Raquel Dias (Sinduece), como primeira-tesoureira.

1. RECENTEMENTE DIVERSOS PROFESSORES(AS) TIVERAM SUA LIBERDADE E ATIVIDADE, DENTRO DOS ESPAÇOS DA UNIVERSIDADE, CERCEADOS. DE CERTA FORMA, FORAM PENALIZADOS POR EXERCEREM A PROFISSÃO, AO PROPOR QUESTIONAMENTOS E NOVAS SOLUÇÕES PARA O BRASIL E PARA O MUNDO. CASO A CHAPA 1 SEJA ELEITA, QUAL SERÁ A POSTURA DA DIRETORIA EM RELAÇÃO A ESSA ONDA DE INTOLERÂNCIA?
Nossa posição é de total repúdio a qualquer forma de cerceamento das poucas, mas fundamentais, liberdades democráticas que conquistamos, assim como defendemos a autonomia universitária para gerir política, financeira e pedagogicamente as universidades. Nessa perspectiva avaliamos como muito positiva a criação da Comissão Nacional para atendimento dos casos de perseguição e criminalização a professores/as, a partir da deliberação do 37º Congresso do ANDES-SN, que ampliou o trabalho que a direção já realizava de denúncia às arbitrariedades e apoio aos/as professores/as perseguidos. Nossa tarefa e intensificar os trabalhos dessa comissão e ao mesmo tempo, de forma articulada a outras categorias, movimentos sociais e estudantil, centrais sindicais e demais organizações, ampliar a luta contra os retrocessos em curso.

2. QUAL SERÁ, NA SUA AVALIAÇÃO, O PRINCIPAL DESAFIO PARA A PRÓXIMA DIRETORIA QUE TOMAR POSSE DO ANDES-SN?
Nosso principal desafi o é ampliar a luta em defesa da universidade pública, laica, gratuita e democrática, não permitindo mais nenhum avanço do projeto privatista em curso desde a década de 1990. Para isso é necessário aprofundar nossa relação com a base de nossa categoria, ampliando a fi liação e aperfeiçoando as formas de participação. Fazer o sindicato chegar nos/as professores/ as que não são sindicalizados para nos juntarmos em defesa de nossas condições de trabalho, da carreira docente e da defesa do tripé ensino, pesquisa, extensão e da ciência e tecnologia pública.

2.1 QUAIS SÃO AS ESTRATÉGIAS DA SUA CHAPA PARA SUPERAR ESSES DESAFIOS?
Fortalecer e ampliar os espaços de diálogo com os/as professores através de campanha de sindicalização, via seções sindicais e também da implementação e/ou fortalecimento dos grupos de trabalho na base, participação dos/as docentes nos espaços nacionais, amplo debate sobre as pautas locais de forma articulada a pauta nacional e fortalecimento do ANDES-SN como nosso único e legitimo representante. Para isso é necessário manter o sindicato autônomo de partidos, governos e reitorias.

3. TENDO EM VISTA A SEQUÊNCIA DE CORTES DE VERBA NA EDUCAÇÃO E NAS IES, AMEAÇAS E FIM DE DIVERSOS PROGRAMAS, APROVAÇÃO DA EC 95/2016 – QUE LIMITA NOVOS INVESTIMENTOS NA EDUCAÇÃO E OUTROS SETORES – E DEMAIS CORTES, QUAL É A SUA AVALIAÇÃO SOBRE O PAPEL DO ANDES-SN DENTRO DESSE CONTEXTO, NA LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS?
Não temos dúvida que o ANDES-SN, via direção nacional, secretarias regionais e suas seções sindicais, foi a entidade que mais lutou contra os efeitos do golpe no Brasil. Nossa luta na articulação local para a construção das greves, mobilizações e ações contra as reformas e os retrocessos, foram fundamentais para a construção de unidade de ação. Também a luta pela construção das ações nacionais, como caravanas e marchas à Brasília, construção da greve geral e ações das mais diversas para barrar as contrarreformas, mesmo quando uma parte das centrais sindicais, em nome de negociar o imposto sindical e outros interesses, apontavam para a desmobilização das categorias. Combatemos o apassivamento imposto pelas grandes centrais sindicais e nos articulamos com movimentos sociais, CSP-Conlutas, Fonasefe/Fonacat e outras entidades nos estados e municípios para defender os serviços públicos. Nesse sentido, nossa ação será dar continuidade as lutas gerais e específicas e buscar intensificar a mobilização de nossa categoria.

4. NA SUA AVALIAÇÃO, QUAL É A PROPOSTA “CARRO-CHEFE” DA SUA CHAPA?
Nossa proposta central é aquela que dá nome a nossa chapa, manter o ANDES-SN autônomo e de luta, sem cair no “canto da sereia”, que sobre a aparente proposta de renovação busca atrelar nosso sindicato a práticas e entidades antigas e rechaçadas por nossa categoria. A defesa da Universidade pública, gratuita, laica e democrática é inconciliável com os interesses do capital, por isso qualquer proposta de atrelar e/ou subordinar nosso sindicato a governos e partidos, será por nos combatida.

Fonte: APUFPR-SSind


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