Educação Sim, Retrocesso Não: APUFPR-SSind lança campanha em defesa da educação pública

3 de agosto de 2018

APUFPR-Campanhaeducação-postSITEA APUFPR-SSind se reuniu com outras entidades e coletivos para lançar a campanha Educação Sim, Retrocesso Não. Durante os próximos meses, a iniciativa utilizará diversas mídias e canais de comunicação para dialogar com pais, professores, estudantes e demais setores da sociedade sobre o desmonte da educação pública articulado pelo governo Temer e pelas elites.

Até o final do ano, quem acompanhar as postagens da seção sindical e da página oficial da campanha no Facebook (www.facebook.com/educacaosim) terá acesso ao material criado para combater o retrocesso que pretendem impor no sistema educacional do país.

Serão diversos textos, peças e vídeos chamando a população para o debate. As denúncias e formas de resistência também acontecerão em atividades de luta e de conscientização off-line, democratizando o acesso à discussão.

O lançamento da campanha acontecerá após a data em que o Ministério da Educação e o Conselho de Secretários de Educação (Consed) chamaram de Dia D, uma data demagogicamente definida para que as escolas debatam as nuances da implantação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), um dos maiores ataques à educação pública na história recente.

A simulação de um debate democrático para algo que já está decidido por eles, para tentar legitimar o retrocesso, é a comprovação da necessidade de um debate amplo com a população sobre o que está em jogo.

Contra o que lutamos

A campanha faz parte da luta contra o conjunto de projetos de caráter reducionista e antipedagógicos que almejam implantar um sistema educacional utilitarista, que pretende atrofiar qualquer possibilidade de livre criação e pensamento autônomo dentro de sala de aula.

Nos últimos dois anos, não foram poucas as investidas nesse sentido. Medidas como a Reforma do Ensino Médio, a BNCC e o Escola Sem Partido formam o cerco à emancipação intelectual dos estudantes, principalmente no ensino médio – justamente a fase da vida em que os alunos estão começando a construir suas próprias opiniões e visões de mundo.

A campanha denunciará à sociedade o que essas propostas realmente irão causar: enquadrar o pensamento da juventude em moldes, que não permitam a formação de uma população questionadora e autônoma. Dessa forma, o poder continuará nas mãos do mesmo grupo hegemônico, que pode imporá suas próprias vontades e demandas às minorias sociais, às camadas menos favorecidas e à classe trabalhadora.

Para completar esse plano, as mesmas elites também estabeleceram diretrizes que facilitam a precarização do ensino público, com propostas como a Residência Pedagógica, que substitui professores experientes por estudantes de graduação; privatizações; e a Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela os investimentos em educação e outras áreas prioritárias por 20 anos.

Pelo que lutamos

A campanha também irá propor soluções para os rumos da educação brasileira, reforçando a luta por uma educação pública totalmente gratuita, democrática, presencial e inclusiva, que esteja pronta para acolher e trabalhar todas as pluralidades sociais presentes na sociedade contemporânea.

O futuro está na autonomia universitária e pedagógica, com uma política curricular que leve em consideração as particularidades sociopolíticas e econômicas de cada região, com uma gestão construída a muitas mãos por meio da ajuda de pais, alunos e comunidades.

Como não poderia deixar de ser, a iniciativa também pede a revogação imediata e urgente da EC 95/16, que promete estender o sucateamento progressivo dos serviços públicos a mais duas gerações.

Se você também quer uma educação de qualidade, que realmente faça a diferença para o desenvolvimento do país, fique atento às novidades da campanha Educação Sim, Retrocesso Não. Divulgue a iniciativa, compareça aos debates e compartilhe os textos da ação. A hora de lutar por uma educação de qualidade é agora!

Fonte: APUFPR-SSind


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