Docentes, técnicos e estudantes do setor Palotina se manifestam contra emenda que prevê a mutilação da UFPR

10 de agosto de 2017

20170809_AssembleiaPalotina-11Em 9 de agosto, professoras/es, técnicas/os administrativos, estudantes e comunidade em geral do setor Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) realizaram uma assembleia comunitária para debater a proposta que cria a Universidade Federal do Oeste do Paraná (UFOPR) a partir de extinção da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) e da mutilação da UFPR.

Estudantes dos campi de Curitiba, de Jandaia do Sul e de Toledo da UFPR – o outro campus que seria afetado pela medida junto com o Setor Palotina – também estiveram na assembleia manifestando seu repúdio à Emenda Aditiva à Medida Provisória 785/2017 – de autoria do deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR) – e exigindo sua retirada imediata.

A reunião também contou com a presença de estudantes, técnicas/os e professoras/es da Unila, que vieram diretamente de Foz do Iguaçu para participar da atividade.

De forma unânime, todos os presentes aprovaram o manifesto e o abaixo-assinado contra a emenda. A ida da comunidade acadêmica do Setor Palotina da UFPR à Foz do Iguaçu para a audiência pública Unila Resiste, que acontecerá em 17 de agosto, também foi aprovada durante a reunião.

A Assembleia Comunitária reuniu cerca de 500 pessoas. Foi uma das maiores assembleias já realizadas no setor.

“Todos se manifestaram contra essa medida que fere a democracia universitária. Somos contra essa interferência externa na instituição e somos contra essa quebra de autonomia. A Universidade é internacional, o conhecimento é internacional e o pensar deve ser livre”, afirmou o diretor de imprensa da APUFPR-SSind, Cássio Alves.

A técnica administrativa Renata Cristina da Costa ressaltou a importância da união das três categorias nesse momento de luta pela manutenção da autonomia universitária.

20170809_ASSEMBLEIA COMUNITÁRIA_PALOTINA_APUFPR (10)“A assembleia foi fundamental para reafirmar nossa identidade como UFPR e para reforçar nosso apoio à Unila. É muito prematuro pensar em desmembrar uma universidade com uma história tão rica. Todos nós fizemos concurso e vestibular para estar na UFPR, nós nos sentimos UFPR e queremos permanecer dessa forma”, disse.

A presidente da Seção Sindical dos Docentes da Unila (Sesunila-SSind), Francieli Rebelatto, afirmou que a integração entre a comunidade acadêmica da UFPR e a Unila reforça a luta contra a proposta.

“A emenda é inconstitucional e não tem o poder de deliberar sobre a extinção e a desconfiguração dessas universidades. Esse sentimento de solidariedade é fundamental. Precisamos pensar em ações conjuntas, pois a luta só está começando e os ataques à educação no país tendem a aumentar a partir de agora”, ressaltou a presidente.

Fonte: APUFPR-SSind


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