Docentes em greve da Universidade Estadual da Paraíba ocupam reitoria

Os docentes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em greve desde 12 de abril, ocuparam na manhã desta quinta-feira (1º) a sede do complexo administrativo da reitoria da instituição em Campina Grande. Eles exigem que os 433 contratos de professores substitutos sejam renovados, que a entrada de 2700 estudantes na segunda turma de 2017 seja garantida, assim como o orçamento previsto para a instituição, reajuste salarial de 23,61%, a retomada das progressões funcionais e o compromisso do governo paraibano de não fechar nenhum campi da UEPB e de garantir autonomia universitária de fato.

A ocupação foi iniciada por volta das 6h30, com o esclarecimento dos técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados sobre o movimento. Por volta das 7h, o portão principal foi fechado e a partir de então ninguém entrou no complexo da administração. Um servidor comissionado chamou a Polícia Militar, mas uma equipe esteve no local, colheu informações sobre o movimento com o Comando de Greve e, depois de constatar a normalidade da situação, foi embora.

Diante da rápida ocupação do complexo da administração, a reitoria determinou que todos os técnicos e servidores terceirizados deixassem o local. O grupo de docentes pretende permanecer no local pelo menos até o sábado (3) de manhã, quando o reitor agendou uma reunião para receber a categoria. A iniciativa da ocupação foi decidida pelo Comando de Greve para forçar a reitoria a negociar a pauta dos professores, o que, segundo os grevistas, até agora não ocorreu, mesmo depois de duas audiências entre os docentes e administração da UEPB.

Nelson Silva Junior, presidente da Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb – Seção Sindical do ANDES-SN), afirma que os docentes em greve também realizaram manifestação na quarta-feira (31), na abertura do Fórum de Reitores da Associação Brasileira dos Reitores de Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), que ocorre também na cidade de Campina Grande.

“No encontro da Abruem, denunciamos os ataques que são realizados às Instituições Estaduais e Municipais de Ensino em todo o país, além de cobrar dos reitores posição contrária à cobrança de mensalidade em cursos de pós-graduação stricto sensu”, afirma Nelson. “A partir desta quinta, ocupamos a Reitoria por tempo indeterminado, para cobrar nossos direitos e nossas reivindicações de greve”, completa o presidente da Aduepb-SSind.

Com informações e imagem de Aduepb-SSind.

Fonte: ANDES-SN


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