Docentes discutem carreira e proposta de reestruturação

crapufprA reestruturação da carreira dos docentes federais é uma pauta constante da categoria e foi tema da reunião mensal do Conselho de Representantes da APUFPR-SSind (CRAPUFPR) na última quarta-feira (25).

Com a contribuição do segundo tesoureiro do ANDES-SN, João Francisco Ricardo Kastner Negrão, e do docente Fabiano Abranches Silva Dalto, do Departamento de Economia da UFPR, os participantes analisaram o histórico da carreira docente ao longo dos anos e as formas de luta que podem ser utilizadas para defender uma carreira justa e coerente.

Para Fabiano, a proposta do governo para aumentar os níveis de carreira pode fazer com que muitos docentes não consigam alcançar o último patamar e ainda prejudica os professores que já se aposentaram. “Esse aumento pode ser feito desde que seja viável alcançar o último nível e haja a transposição dos aposentados para a nova classe, o que não ocorreu em 2006, quando foi criada a classe dos associados”, afirmou.

Outra questão importante é a constituição da remuneração. “O salário é o direito sobre o qual todos os benefícios são calculados. Se o salário-base não constitui uma remuneração fundamental e possui muitos adicionais, que podem ser retirados a qualquer momento, a contabilização da aposentadoria, por exemplo, pode ser prejudicada”, destacou o docente.

Proposta

De acordo com João Negrão, a proposta do ANDES-SN sobre o projeto de lei para reestruturar a carreira docente é baseada em princípios, como a valorização da titulação, a qualidade, a avaliação e a visão de que a carreira é um percurso a ser percorrido pelo professor.

“Dentro dos 13 níveis que propomos, os percentuais são iguais para as progressões. Isso fará com que, ao contrário do que o governo federal – baseado em uma visão economicista – exerce concedendo maior aumento para padrões onde há menos docentes, os títulos sejam pagos de forma homogênea”, ressaltou o tesoureiro.

A diretora social da APUFPR-SSind, Maria Suely Soares, reforçou a importância da mobilização e da participação da categoria nas ações para pressionar o governo federal a implementar uma reestruturação que crie uma carreira coerente. “Nosso cenário, apesar de não estar favorável, poderia estar muito pior se não fossem as nossas lutas ao longo do tempo. Precisamos nos unir para evitar que essa situação piore e que a carreira docente seja ainda mais prejudicada”, afirmou.

Fonte: APUFPR-SSind

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