Os docentes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) decidiram, em assembleias gerais, deflagrar greve. Na USP, a greve tem início nesta terça (29). Já na Unesp, a paralisação por tempo indeterminado começa na quarta (30). A greve é uma resposta à proposta de reajuste salarial apresentada pelos reitores das universidades estaduais paulistas (Cruesp), de 1,5%. Os docentes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram realizar uma paralisação de dois dias, 29 e 30 de maio, e manter o estado de mobilização.
O Fórum das Seis – que reúne as entidades sindicais de docentes e servidores técnico-administrativos e representações estudantis das três universidades estaduais de São Paulo – havia indicado que a comunidade acadêmica das universidades estaduais paulistas entrasse em greve a partir de 29 de maio. Os docentes reivindicam reajuste de 12,6% para USP e Unicamp, e de 16% para a Unesp, por conta de defasagens anteriores.
Os servidores técnico-administrativos da Unicamp e da Unesp também deflagraram greve, e os servidores da USP paralisação nos dias 29 e 30. A próxima reunião do Fórum das Seis com o Cruesp será na quarta-feira (30), às 10h, na capital paulista.
João Chaves, presidente da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp – Seção Sindical do ANDES-SN) e coordenador dos Fórum das Seis, afirma que a greve começa forte e que há muita indignação nas comunidades acadêmicas das universidades estaduais paulistas. “Nossa greve não é só por reajuste salarial. É uma greve em defesa das universidades, que estão sendo degradadas. Temos reitores subservientes ao governo paulista, que implantam políticas de ajuste sem pudor, e geraram uma grave crise de financiamento na USP, Unesp e Unicamp. Esperamos que a pressão faça com o que os reitores ofereçam ainda um reajuste salarial que não seja um insulto”, comenta o docente.
Com informações de Adusp-SSind, Adunesp-SSind e Adunicamp-SSind. Imagem de Adusp-SSind.
