Docentes de todo o país participam do Dia Nacional de greves, paralisações e mobilizações

15 de março de 2017

shutterstock_216747175Diversas categorias de trabalhadores já confirmaram a paralisação das atividades. Professores da Educação Básica deflagram greve nacional.
Docentes de todo o país paralisam as suas atividades e participam nesta quarta-feira (15) do Dia Nacional de Greves, Paralisações e Mobilizações contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que institui a contrarreforma da Previdência, e o Projeto de Lei (PL) 6787/16, da contrarreforma Trabalhista, na perspectiva da construção da greve geral. As seções sindicais do ANDES-SN participam das atividades de mobilização nas instituições de ensino superior e vão às ruas em unidade com demais segmentos da classe trabalhadora.
“Convocamos os docentes das instituições de ensino das Federais, Estaduais e Municipais a paralisarem neste dia e que participem dos protestos, para demonstrar o descontentamento da categoria. Temos que travar uma grande luta para barrar a contrarreforma da Previdência e Trabalhista”, disse Francisco Jacob Paiva da Silva, 1° secretário do ANDES-SN.
A data de mobilização, 15 de março, foi indicada no 36º Congresso do Sindicato Nacional, realizado em Cuiabá (MT) no mês de janeiro, e posteriormente incorporada nos calendários de luta do Setor das Instituições Federais de Ensino (Setor das Ifes) do ANDES-SN e da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas realizada em início de fevereiro em São Paulo (SP). O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) também apontou adesão à data.
Greve na educação básica
Nesta mesma data, os professores do ensino básico iniciam uma greve nacional da educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Além da retirada de direitos previdenciários e trabalhistas, os profissionais da educação lutam contra a Lei da Mordaça – representada pelo Programa Escola Sem Partido-, e pelo cumprimento da lei do piso salarial nacional dos professores.
No Paraná, os professores curitibanos reafirmaram a sua disposição de luta e aprovaram o início da greve por tempo indeterminado a partir do dia 15 de março. Professores da rede vão suspender as aulas e se somar à luta nacional contra o desmonte da Previdência, com manifestação a partir das 9h, na Praça Santos Andrade.
No Rio Grande do Sul, professores da Educação Básica também deliberaram em assembleia por uma greve nacional unificada, por tempo indeterminado. Na pauta de reivindicações, além da pauta comum, os professores denunciam os ataques do governo Sartori, a retirada de direitos e reivindicam o pagamento integral do 13º salário, entre outros. O ato público unificado será às 17h na Esquina Democrática, seguido de passeata pelo centro de Porto Alegre.
Em Minas Gerais, milhares de trabalhadores de todas as regiões do estado reunidos do lado de fora da Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, aprovaram a greve a partir de 15 de março contra a PEC 287 e pelo cumprimento dos acordos assinados pelo Governo do Estado.
Na Paraíba, professores e funcionários de escola do Estado deflagraram greve a partir do dia 15, por tempo indeterminado. Além da luta contra a Reforma Previdenciária e Trabalhista, eles reivindicam também o reajuste salarial do ano corrente. O ato do dia 15 terá concentração no prédio da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), na Lagoa do Parque Sólon de Lucena, a partir das 14h. Em Campina Grande (PB) também haverá um ato na Praça da Bandeira.
Já na Bahia, os profissionais da educação básica do município de Lauro de Freitas aprovaram uma paralisação com início no dia 15 e duração de dez dias, com uma agenda de lutas durante o período do movimento paredista. No dia 24 de março, a categoria fará assembleia para avaliar o movimento. Em Feira de Santana, centenas de professores e funcionários da rede municipal aprovaram a greve que reivindica, além da pauta central, o Plano de Carreira, o Reajuste de 7,64% retroativo a janeiro, rejeitando a proposta de reajuste parcelado.
No Rio, professores das escolas públicas e particulares participam da mobilização. Tanto o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) quanto o dos Professores do Município do Rop de Janeiro de Região (Sinpro-RJ), indicaram adesão à paralisação de 24 horas em apoio à Greve Nacional da Educação para barrar as contrarreformas em curso. Para esta quarta (15) está marcado um ato em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) às 15h.
No Amazonas, por unanimidade, trabalhadores em educação decidiram paralisar as atividades no dia 15 contra a contrarreforma da Previdência e do Ensino Médio, contra o racismo, pelo piso salarial nacional.
No Rio Grande do Norte, na quarta-feira (15), será realizada uma assembleia unificada do Estado e municípios, para deflagrar o movimento grevista convocado pela CNTE. Também no dia 15, professores da rede de ensino básico de São Paulo se reúnem na Praça da República, região central da capital paulista, para deflagrar a greve. O ato unificado está marcado na Avenida Paulista, às 16h, em frente ao vão do Masp, na Avenida Paulista.

Paralisações

Outras categorias já aprovaram paralisação de 24 horas, a exemplo dos metroviários de São Paulo e Belo Horizonte (MG). Vão parar servidores públicos, condutores, metalúrgicos, servidores da saúde, bancários e trabalhadores dos Correios de diversos estados e municípios do país. Também haverá atos dos movimentos de luta por moradia e de luta contra a opressão.
“Essas políticas de ataques aos nossos direitos precisam de uma resposta do conjunto da classe trabalhadora. Só derrotaremos essas contrarreformas com uma greve geral no país, organizada pelas Centrais sindicais, junto dos movimentos sociais e populares. Só nas ruas seremos vitoriosos contra esses ataques”, disse o diretor do ANDES-SN.

Com informações da CSP-Conlutas, CNTE, Esquerda Online, Sindicato Metroviários de SP

Fonte: ANDES-SN

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