Docentes das Estaduais da Bahia paralisam atividades e pressionam por negociação

Os professores das quatro universidades estaduais da Bahia (Ueba) – Uneb, Uefs, Uesc e Uesb – realizaram uma paralisação de 24 horas, na última terça-feira (30). Durante o dia de protesto, os docentes fecharam os portões dos campi e denunciaram à sociedade a situação precária em que se encontram as Ueba, com panfletagens, fechamento de vias e anúncio em outdoors.

Entre os objetivos da manifestação estava a tentativa de sensibilizar o governo de Rui Costa (PT) sobre os problemas que impactam a educação pública superior e a comunidade acadêmica. Além disso, os docentes buscam a abertura de um canal de diálogo para negociação da pauta de reivindicações, protocolada junto ao governo em dezembro do ano passado, bem como a efetivação de progressões e promoções na carreira, previstas em lei, que seguem congeladas.

Durante o ato público em Feira de Santana, Gean Santana, diretor da AdufsBa-SSind., lembrou que a ameaça ao funcionamento das universidades estaduais prejudica também a população, já que a função destas de contribuir com a formação de profissionais-cidadãos e o esforço em atuar como porta-vozes dos anseios e demandas da população ficam comprometidas. “Esse é o governo que mais retira direitos trabalhistas e que mais ataca as universidades estaduais e a permanência estudantil”, denunciou.

Em conversa, na terça (30), com a coordenação do Fórum das ADs, que reúne representantes das seções sindicais do ANDES-SN das quatro universidades estaduais baianas, o superintendente de recursos humanos da Secretaria da Administração (Saeb), Adriano Tambone, informou que nos próximos 15 dias o governo poderá reunir-se com o movimento docente para discutir a situação dos processos de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho.

Pauta dos professores
Os docentes reivindicam a destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para o orçamento anual das Ueba; cumprimento dos direitos, a exemplo das promoções, progressões, adicional de insalubridade, mudança de regime de trabalho e reimplantação da licença sabática, extinta pelo governo em 2015 por meio da lei n 13.471/15; além da ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos.

Ainda constam na pauta, o aumento de 30,5% nos salários, resultante da reposição das perdas inflacionárias referentes aos anos de 2015 e 2016, somado a uma política de recomposição salarial.
Com informações da Aduneb-SSind. e da AdufsBA-SSind.

Fonte: ANDES-SN


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